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"O país vive um momento difícil que exige responsabilidade"

Para a maior parte de nós, os comuns mortais, a palavra "responsabilidade" não está associada a nos endividarmos até à ponta dos cabelos, mesmo que estivessemos numa situação difícil.

Para o nosso ministro das finanças, e para os outros keynesianos, não é bem assim, se a situação está má a receita é: gasta o que tens e, já agora, o que não tens também!

Outra coisa que me parece muito pouco responsável é: se o desemprego está alto, porque seguir medidas que apenas o vão aumentar?

Quando o estado realiza obras públicas, obviamente vai empregar algumas pessoas, no entanto, isso não é o fim da história porque o dinheiro e os recursos para fazer as obras não aparecem por artes mágicas. Para realizar essas obras o estado teve de ir buscar o dinheiro a algum lado, o que quer dizer impostos (directos ou indirectos, agora ou no futuro, alguém vai ter de pagar) e desviar recursos que iriam ser aplicados pelo sector privado de forma mais eficiente e para satisfazer o que os empresários pensam ser as necessidades dos consumidores.

O resultado final é que ganham os empresários amigos do governos e os trabalhadores contratados, que de outra forma estariam desempregados, mas perdem os contribuintes, os consumidores dos bens e serviços que seriam criados com os recursos que foram desviados e os trabalhadores que seriam contratados para esse fim. Com duas agravantes, (1) o sector privado, em principio, iria criar mais postos de trabalho, porque é mais eficiente, e (2) seriam empregos sem duração definida, enquanto os criados pela obra pública deixariam de ser necessários com a sua conclusão.

Para superarmos sustentadamente esta crise, que de facto é "inédita na historia recente mundial", temos de deixar que os excessos cometidos durante a bolha sejam corrigidos, caso contrário apenas estamos a criar a próxima bolha que resultará numa crise ainda pior do que a actual, à qual os estados vão chegar falidos e com os contribuintes sobrecarregados.

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