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Os gastos do Estado Português como geradores de riqueza...no exterior


Todos sabemos a fórmula trivial e mais básica do cálculo do PIB:

PIB = C + G + I + (X - M)

onde
C = consumo das famílias
G = gastos do Estado
I = investimento
X = exportações
M = importações

Assim sendo, parece trivial que se houver um aumento dos gastos públicos em bens e serviços que são importados, o PIB não aumenta, pois não são criados bens e serviços internamente (afinal o PIB é o Produto Interno Bruto) mas sim no exterior. Ou seja, o PIB pode manter-se inalterado se o aumento do "G" fôr igual ao aumento do "M".
Na realidade aumenta-se a dívida externa, obrigando a que gerações futuras tenham que pagar a dívida mediante a criação real de bens e serviços, com a agravante de que terão de ser pagos com juros ou então com recurso a impostos distorcionários.
Este tema foi aliás abordado na passada 2ª feira no programa "Prós e Contras", onde os economistas foram unânimes em afirmar que de facto o país tem de procurar realizar investimentos produtivos e não em TGV, auto-estradas e aeroportos.
E estaremos a ajudar na criação de valor, os outros países responsáveis pelas nossas importações, nomeadamente a Espanha. Numa semana onde se celebra o 1 de Dezembro de 1640, data da restauração da independência, pode-se dizer que os "nuestros hermanos" estão muito contentes com a nossa atitude...
Não que eu tenha nada contra os Espanhóis...só que gostaria de ver primeiro os Portugueses com melhor qualidade de vida.

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