The BookDepository

Escola Pública vs Escola Privada numa Favela da Nigéria

Abaixo podemos ver o documentário "School's Out", que compara a educação pública com a educação privada numa favela nigeriana. Retirado de http://www.cato.org/

Um vídeo que o Louçã não gostaria de ver!

Palavras Sábias de Adam Smith


"Little else is requisite to carry a state to the highest degree of opulence from the lowest barbarism but peace, easy taxes, and a tolerable administration of justice: all the rest being brought about by the natural course of things."


Lecture in 1755, quoted by Dugald Stewart


Das 3 condições Portugal só tem paz. Acho q isto explica muita coisa...

Venezuela contrai 2% em 2009


Hoje no Oje:

"O ministro da Economia e Finanças, Alí Rodríguez Araque, revelou que o Gabinete Económico prevê que a Venezuela registe uma contracção económica de 2% e uma taxa de inflação acumulada de 27% no final de 2009. Entre Janeiro e Setembro, a economia venezuelana quebrou 2,2%, penalizada pelos cortes na produção de crude e pela descida dos preços internacionais do petróleo."

A Republica Bolivariana avança... ou recua?

Nota 1: Uma taxa de inflação de 27% é uma forte indicação que o banco central venezuelano tenha imprimido muitos Bolivares, para financiar gastos públicos, que são uma das componentes do cálculo do produto. Sem este provável aumento, o produto cairia ainda mais, embora uma parte desta quebra esteja ligada à queda das exportações.

Nota 2: Na nota 1, não estou a defender aumentos de gastos públicos como solução para crises, que embora mascarem os cálculos do PIB, no curto prazo, têm efeitos nefastos, no longo prazo, algo que já foi discutido noutros posts deste blog.

Nota 3: Estes dados "oficiais" devem ser tomados com algumas reservas, ainda para mais estimativas, pelo que a situação provavelmente é pior. Esta recomendação não se aplica apenas à Venezuela, basta recordar pressões políticas, em Portugal, nos EUA e noutros países, para manipular dados "oficiais".

O completo descontrole de Portugal




É com muita pena que escrevo este post, já que é um post acerca do completamente descontrole de Portugal, um país quase a entrar em insolvência. Isto pode parecer estranho para alguns, já que saem à rua e veem sol, praia, pessoas afáveis, uma terra simpática. O problema está nos números e a embrulhada em que os políticos e corporações que mandam neles nos estão a meter e meteram. Infelizmente, graças às políticas vindas da cabeça de quem nunca geriu nada, colocou Portugal numa situação de muito difícil saída, aliás, perante o esquema que se vive na nossa sociedade, onde 6 milhões de pessoas recebem do estado, diria mesmo sem saída. Estamos portanto num beco sem saída e podem agradecer à falta de mercado livre, à falta de uma economia conduzida por incentivos empresariais e ao excesso de um estado, cada vez mais pesado, mais arrogante e mais regulador.

Não me vou adiantar muito, vou colocar aqui algumas frases de notícias e os leitores que tirem as conclusões. Reflictam, com base em muitos posts deste site acerca da dívida, em que sarilho Portugal está metido e para onde caminhamos. Sinceramente, após o que se está a passar, não vou escrever muito mais, já que as palavras podem sair mais para o insulto.

"O défice do subsector Estado até Novembro ultrapassou o 13 mil milhões de euros, o que equivale a cerca de três novos aeroportos de Lisboa, divulgou ontem a Direcção-geral do Orçamento (DGO) no seu boletim mensal. No ano passado o mesmo défice ficou-se pelos 6,1 mil milhões de euros, menos de metade."

"6 milhões de "cheques" por mês
Saiba quais são as prestações sociais pagas pelo Estado
Todos os meses, a Segurança Social faz chegar cheques-postais a milhares de famílias.
Entre pensionistas, desempregados, baixas médicas, abonos de família, licenças parentais - para citar apenas alguns casos -, no último mês de Setembro, o sistema de protecção social do Estado traduziu-se no pagamento de mais de 5,8 milhões de prestações no valor de 1,7 mil milhões de euros."

"Sector empresarial do Estado
Governo aprova indemnizações compensatórias de 457,4 milhões para 2009
O Governo aprovou hoje em conselho de Ministros 457,4 milhões de euros em indemnizações compensatórias para 2009, segundo adiantou o Executivo em comunicado. "

Ao lerem isto, pensem que o Estado português só pode ir buscar $ a dois sítios, ou à emissão de dívida ou aos impostos. Sendo que a emissão de dívida são impostos adiados. Pensem sobre o que irá acontecer aos impostos.

Dívida dos Estados - Soluções

As soluções credíveis para a questão podem englobar-se em 3 grupos: (a) aumentar impostos, (b) diminuir as despesas públicas ou (c) pedir aos bancos centrais que imprimam moeda.

Nenhuma das soluções está isenta de contra-indicações: no caso (a), é uma medida impopular, injusta (porque quem paga, na grande maioria das vezes, nada contribuiu nem beneficiou com o problema das finanças públicas) e que impede a recuperação das economias.

O caso (b), cria decisões difíceis, pois pode implicar despedimento de funcionários públicos ou diminuição de alguma regalia.

No caso (c), quando foi utilizada, esta solução resulta num aumento da inflação, e esteve na base de todas as hiper inflações do século XX.

Os políticos costumam preferir a solução (c), por ser a mais fácil e apenas ter efeitos negativos mais tarde.

Em segundo lugar, gostam da (a), porque podem sempre justificar que é uma solução temporária, devido a uma situação extraordinária, mas que nós que pagamos impostos bem sabemos que facilmente se torna permanente.

A solução (b), obriga os políticos a fazer má figura, por isso normalmente é a solução menos utilizada, a não ser que a situação seja mesmo muito difícil.

Para se saber o que é melhor para uma resolução sustentável do problema, isto é, sem efeitos altamente negativos para a economia, no longo prazo, é fácil: basta inverter as preferências dos políticos.

Divida dos Estados - As Causas


Este artigo, fala sobre aquele que é um dos grandes perigos para a estabilidade da economia mundial: o sobre-endividamento dos estados.

Com a crise, os estados viram as suas receitas diminuírem drásticamente. Para ajudar, os governos foram buscar ao baú as velhas receitas keynesianas, aumentando as despesas, quer pondo dinheiro em bancos e empresas falidas, quer criando novas obras públicas, e, por outro lado, aumentou o número de desempregados e de pessoas em situação de receber ajudas ditas sociais.

Para compensar os défices públicos, os estados tiveram de recorrer à emissão de dívida. O problema foi que chegamos a uma situação em que, a capacidade de vários países em pagar essas dívidas, está posta em causa.

Amanhhã, explicamos porque é que esta situação é tão perigosa em: Divida dos Estados - Soluções.

Pensamentos Soltos Sobre Copenhaga

Quando vejo tantos políticos juntos, como na Cimeira de Copenhaga, não consigo evitar que um sentimento de receio invada a minha alma...

Confesso que sou um céptico em relação à linha de pensamento que defende que estamos no meio de uma grande mudança climática, que é em grande parte causada pela actividade humana, e que por isso devemos tomar medidas radicais para inverter essas alterações.

Como céptico, também não quer dizer que ponha essa hipótese totalmente de parte, até porque no passado já houve catástrofes naturais causadas pelo Homem.

No entanto, quanto mais me informo sobre o assunto mais vejo argumentos palpáveis do lado dos que acham que mesmo que o Homem tenha alguma culpa numa eventual alteração climática (algo que, ao contrário do aparente consenso divulgado pela comunicação social e pelos ecologistas, muitos cientistas negam estar a acontecer, apresentando dados concretos), tudo o que possamos fazer vai ter muito pouco impacto uma vez que há outros factores muito mais importantes para estas (eventuais) alterações do clima, enquanto do campo dos ecologistas há muitos argumentos pouco científicos, por vezes envoltos em ameaças apocalípticas, já para não falar neste recente escândalo do "Climategate".

Também acho alguma piada ao seguinte, quando alguém defende uma posição oposta ao aparente "consenso", na comunicação social, essa pessoa acaba por ser apresentada como um idiota, que está mal informado ou que deve ter algum interesse obscuro, quando o "Climategate" demonstrou que os interesses obscuros não se encontram apenas de um dos lados da barricada. Tudo isso, faz-me lembrar a forma como são apresentados os defensores do capitalismo, talvez venha daí parte da minha simpatia.

Outro ponto que me torna renitente, é que as medidas apresentadas (sistemas de cap and trade, subsídios a indústrias verdes, aumento de impostos em área consideradas menos limpas, etc.) apenas apontam no mesmo sentido: cada vez maior poder para os mesmos de sempre (estado, políticos e seus amigos - que vão tomar as grandes decisões - e as grandes empresas - que eliminam os concorrentes que não conseguirem adaptar-se às novas regras), em detrimento dos mesmo de sempre (aqueles que não têm poder para influenciar os centros de decisão, mas que vão pagar de alguma forma) e da nossa liberdade. No mínimo, o que pode dizer é que os incentivos criados por este sistema podem ser duvidosos.

Para terminar quero frisar que não tenho uma opinião totalmente formada sobre as alterações climáticas, em boa parte porque é difícil ter acesso a informação isenta (tarefa impossível, na comunicação social). O que apenas tentei, no texto acima, foi enumerar alguns pontos que me levam a questionar aquilo que para muitos tem de ser seguido como um dogma religioso.

Liberdade

Vou colocar aqui uma frase que li outro dia:

"As Benjamin Franklin once said, "People will give their liberty in exchange for short term security. And in the end they will have neither". This is very real and is sadly inevitable."

As pessoas, em momento de insegurança e até de segurança viram-se para o estado, o pai protector, para lhes resolver os problemas, para as proteger e dar benefícios... mas não sabendo elas que quanto mais entregam as suas vidas ao estado, mais poder dão ao estado, menos liberdade têm e exemplos por esse mundo fora não faltam, onde mais estado = menos liberdade.


Para reflectir este fim-de-semana, na frase acima de Benjamin Franklin, que deve estar a dar voltas no túmulo, com o que andam a fazer na sua terra natal.

Assim é impossível




Excertos das respectivas notícias: "O Ministério da Justiça (MJ), vendeu, entre muito outro património, os estabelecimentos prisionais (EP) de Lisboa e de Pinheiro da Cruz, os maiores do País, por 60 e 81 milhões de euros, respectivamente. no âmbito do programa de alienações lançado em 2006 pelo então ministro Alberto Costa, avança hoje o “Diário de Notícias”.

"O défice da CP ascende já a 3,1 mil milhões de euros, precisamente o mesmo valor que vai custar a linha de TGV entre Lisboa e Elvas, com a terceira travessia do Tejo concluída, noticia hoje o “Público”."


Caros leitores, deixo a questão, após verem estas 2 notícias, quem é que se acredita ainda que o Estado consegue ser gestor de alguma coisa? Ainda há alguns que gostavam de nacionalizar a Galp e outras... aposto que passariam a dar prejuízo, como o davam antes de serem privatizadas. Assim, com este regime que tem tudo menos de capitalista não se vai lá. E Portugal a ficar cada vez mais pobre, está a chegar ao limite.

Continuo a dizer, quando Portugal anunciar a bancarrota e pedir ajuda ao FMI, (mas se calhar na altura o FMI também vai estar aflito), espero que o povo tome o caminho da liberdade, em vez de, com medo, pedir mais do que nos meteu neste sarilho, ou seja, mais ESTADO.

A CP diz algo ainda como "Tivemos menos passageiros, não houve aumento tarifário, mas tivemos aumento de custos, nomeadamente dos salários e da manutenção dos comboios, e um acréscimo dos custos financeiros", afirmou Cardoso dos Reis". Daqui eu pergunto, então para que é o TGV? Se os comboios que há de momento dão este prejuízo todo e há cada vez menos passageiros, o TGV vai provocar o quê?

Eu digo basta desta palhaçada toda, pois quem paga são cada vez mais os cada vez menos contribuintes e empresas que existem neste país, um país que sofre de complexo de inferioridade, gerido por toda a gente menos por quem entende menos de gestão, que seria o mercado livre, empresários e empreendedores, movido por incentivos.

BASTA...

O desgoverno de Portugal




Meus caros leitores, como tenho vindo a afirmar, em artigos aqui escritos, e em conversas privadas, Portugal e outros países estão à beira de uma situação deveras grave e que se poderá agravar nos próximos meses. Quando falava da "falência" de Portugal riam-se, mas pelos vistos a realidade está mais próxima, como está presente neste artigo "S&P baixa "outlook" e avisa".

Tirando um excerto, pode ler-se "A agência de rating Standard & Poor’s (S&P) baixou hoje de "estável" para "negativa" as perspectivas ( "outlook" ) sobre o risco de incumprimento das obrigações decorrentes da dívida pública portuguesa. E deixa Lisboa de sobreaviso: novas descidas do rating serão praticamente inevitáveis porque, "na nossa opinião, será muito difícil ao Governo reduzir o elevado défice, num ambiente de baixo crescimento..."

Quando alguém, país ou pessoa, tem de pedir empréstimos cada vez maiores, para pagar a dívida anterior e os respectivos juros, é natural que esse esquema de pirâmide chegue ao fim, já que os credores um dia dizem basta, especialmente, se também ele, estiverem falidos, como é o caso de muitos países ditos desenvolvidos, incluindo Inglaterra e USA, para surpresa de muitos. Só não declaram a bancarrota pois podem produzir moeda em quantidades vergonhosas, injectando nos bancos e assobiando para o ar como se tudo estivesse bem... mas algo não está bem e a provar isso o Ouro atingiu máximo acima dos 1200.

Voltando a Portugal, este país não produz praticamente nada, é um país infelizmente de serviços, ESTADO e mais ESTADO e para sobreviver tem de se continuar a endividar a um ritmo assustador. A questão é quando os outros não nos emprestarem mais o que irá acontecer? Estes nossos políticos, governantes, quer portugueses, quer mundiais, que nunca geriram nada na vida estão a levar-nos para o buraco. Se houvesse um sistema livre isso não aconteceria certamente, já que os bons eram recompensados e os maus penalizados, não havia o incentivo aos lobbies, nem ao regime bancário fraccional, etc, etc. Agora meus caros leitores preparem-se... porque a bancarrota de Portugal e outros aproxima-se e no próximo estoirar de bolha, "bolha da dívida"... a coisa vai ficar feia. Agradeçam ao regime que temos de momento, que tem tudo menos livre.

Obama, Sócrates, Lula, etc, etc é tudo farinha do mesmo saco. São políticos profissionais, lá mantidos pelos lobbies no poder. Não pode ser apenas um ou alguns a decidir o futuro, eles não são deuses ou iluminados. Quem tem de gerir a economia é o mercado livre, constituído pelos empresários e empreendedores. De uma vez por todas vamos abrir os olhos antes que seja tarde demais... E o meu receio é que quando isto der para o torto as pessoas se queiram refugiar mais no estado... Como já li em algum lado, vamos ter de decidir em breve se queremos mais estado (escravidão) ou liberdade. Não podemos ter das duas... e já está mais que provado que mais estado é a morte de um país.

Tenham coragem.

Bastiat


"A melhor maneira de as leis serem respeitadas, é fazê-las respeitáveis", escreveu o economista liberal francês do século XIX, Frédéric Bastiat, no ensaio "A Lei", publicado em 1848.


Parece uma afirmação evidente e com a qual, certamente, ninguém está em desacordo.


Então porque temos algumas das leis que temos????


Como não são respeitáveis, também não são respeitadas...

"O país vive um momento difícil que exige responsabilidade"

Para a maior parte de nós, os comuns mortais, a palavra "responsabilidade" não está associada a nos endividarmos até à ponta dos cabelos, mesmo que estivessemos numa situação difícil.

Para o nosso ministro das finanças, e para os outros keynesianos, não é bem assim, se a situação está má a receita é: gasta o que tens e, já agora, o que não tens também!

Outra coisa que me parece muito pouco responsável é: se o desemprego está alto, porque seguir medidas que apenas o vão aumentar?

Quando o estado realiza obras públicas, obviamente vai empregar algumas pessoas, no entanto, isso não é o fim da história porque o dinheiro e os recursos para fazer as obras não aparecem por artes mágicas. Para realizar essas obras o estado teve de ir buscar o dinheiro a algum lado, o que quer dizer impostos (directos ou indirectos, agora ou no futuro, alguém vai ter de pagar) e desviar recursos que iriam ser aplicados pelo sector privado de forma mais eficiente e para satisfazer o que os empresários pensam ser as necessidades dos consumidores.

O resultado final é que ganham os empresários amigos do governos e os trabalhadores contratados, que de outra forma estariam desempregados, mas perdem os contribuintes, os consumidores dos bens e serviços que seriam criados com os recursos que foram desviados e os trabalhadores que seriam contratados para esse fim. Com duas agravantes, (1) o sector privado, em principio, iria criar mais postos de trabalho, porque é mais eficiente, e (2) seriam empregos sem duração definida, enquanto os criados pela obra pública deixariam de ser necessários com a sua conclusão.

Para superarmos sustentadamente esta crise, que de facto é "inédita na historia recente mundial", temos de deixar que os excessos cometidos durante a bolha sejam corrigidos, caso contrário apenas estamos a criar a próxima bolha que resultará numa crise ainda pior do que a actual, à qual os estados vão chegar falidos e com os contribuintes sobrecarregados.

Os gastos do Estado Português como geradores de riqueza...no exterior


Todos sabemos a fórmula trivial e mais básica do cálculo do PIB:

PIB = C + G + I + (X - M)

onde
C = consumo das famílias
G = gastos do Estado
I = investimento
X = exportações
M = importações

Assim sendo, parece trivial que se houver um aumento dos gastos públicos em bens e serviços que são importados, o PIB não aumenta, pois não são criados bens e serviços internamente (afinal o PIB é o Produto Interno Bruto) mas sim no exterior. Ou seja, o PIB pode manter-se inalterado se o aumento do "G" fôr igual ao aumento do "M".
Na realidade aumenta-se a dívida externa, obrigando a que gerações futuras tenham que pagar a dívida mediante a criação real de bens e serviços, com a agravante de que terão de ser pagos com juros ou então com recurso a impostos distorcionários.
Este tema foi aliás abordado na passada 2ª feira no programa "Prós e Contras", onde os economistas foram unânimes em afirmar que de facto o país tem de procurar realizar investimentos produtivos e não em TGV, auto-estradas e aeroportos.
E estaremos a ajudar na criação de valor, os outros países responsáveis pelas nossas importações, nomeadamente a Espanha. Numa semana onde se celebra o 1 de Dezembro de 1640, data da restauração da independência, pode-se dizer que os "nuestros hermanos" estão muito contentes com a nossa atitude...
Não que eu tenha nada contra os Espanhóis...só que gostaria de ver primeiro os Portugueses com melhor qualidade de vida.

O Simulador


Achei muito interessante o link que nos foi enviado pelo Francisco (leitor).

Primeiro que tudo, ou muito me engano ou este projecto não vai ter bons resultados porque estas abordagens matemáticas e rígidas, aplicadas à realidade complexa da economia global, não conseguem reproduzir todos os factores e efeitos.

Se fosse possível programar assim a economia, a União Soviética tinha sido um sucesso, e já no passado outras tentativas deste género foram feitas, sempre com o mesmo resultado...

Em segundo lugar, esta frase chamou-ma a atenção: "O Executivo comunitário lembra ainda que a teoria económica tradicional não foi capaz de prever a dimensão do efeito dominó que a crise do crédito teve na economia mundial...".

É bem verdade que a teoria tradicional falhou, mas houve quem conseguisse antever esta crise e os seus efeitos, basta ir ao youtube e fazer uma busca por "Peter Schiff was right". Ver também este link para uma explicação simples sobre a Teoria do Ciclo Económico da Escola Austríaca.

Experiência dos políticos

Relativamente a quem governa os países, se são realmente Obama, Sócrates, etc, então gostava de ver respondida a uma questão simples.

- Como raio, por exemplo, Obama, que praticamente nunca geriu nada na vida, vai gerir a maior economia do mundo? Não vos parece um paradoxo? É a mesma coisa de pôr nas mãos de um tipo que nunca esteve à frente de uma empresa, uma Microsoft para ele gerir. Que é que ele iria fazer? Coisa boa não seria, concerteza.

Quem gere os países não são os presidentes, são os lobbies, as corporações. Cada vez mais defendo um mercado livre, onde os interesses da comunidade e de um todo seriam privilegiados, em detrimento de meia dúzia de engravatados. Este mercado como o temos hoje em dia, é um mercado para benefício de alguns em detrimento do resto. Por isso a pobreza não pára de aumentar e com esta crise que ainda nem a meio vai, a classe média está a desaparecer, enquanto, por exemplo, os banqueiros de WallStreet se pagam de biliões. Para mim digo Basta.

Fica um chart com a experiência no sector privado de vários presidentes americanos, para se situar onde está o actual.



"Capitalismo: uma história de amor"


Este fim-de-semana fui ver o filme "Capitalismo: uma história de amor" do Michael Moore.
Já no seu conhecido estilo sarcástimo, Michael Moore tem a descoberto as "falhas" do capitalismo nos EUA. Não querendo contar a história do filme, para não aborrecer quem está a pensar em ir ver o filme, convém dizer que estas "falhas" se situam ao nível da corrupção e do querer ter sempre mais dinheiro. Infelizmente nunca haverá nenhum sistema perfeito enquanto o ser humano for levado pela ganância. Ainda estou para perceber qual é que é a utilidade adicional de uma pessoa entre ter uma casa confortável num sítio decente, por exemplo uma casa de 500.000 euros em Cascais, e ter uma casa na Quinta da Marinha por 5.000.000 euros. Gostava de saber se o diferencial de preço entre as duas casas compensa o aumento de utilidade, mas isto são questões à parte.
Outro tema focado no filme é também a atribuição dos 700 biliões aos bancos. Alerto só (para quem vier a ver o filme) que infelizmente o que se passa a este respeito nos EUA também se passa em Portugal, bastando olhar para a questão do BPN, e de quanto é que foi roubado (chamemos as coisas pelos seus nomes correctos) do banco e de quanto é que os contribuintes (perdão, o Estado Português) tiveram de pagar para manter o banco. Infelizmente, parece que o nosso ministro Teixeira dos Santos não está em condições de dizer este valor... porque será?
Ah, e já agora, apesar de não ser um filme brilhante, é um filme razoável para se ver, não obstante parecer que a história de "amor" acaba com o Barack Obama. Parece que Michael Moore ou é ingénuo, ou não teve tempo para acrescentar mais capítulos ao filme, ou então é um fortíssimo apoiante do Obama.

Quem realmente controla os governos

Outro dia em conversa com um amigo ele falava acerca dos governos, que iriam salvar a economia, etc, etc. A conversa normal de quem dá credibilidade a mais a políticos que nunca geriram nada na vida, nunca tiveram de construir algo de raiz e fazerem-na resultar em algo e que pensam que, mesmo assim, conseguem gerir biliões de um país inteiro e salvar uma situação que os mesmos criaram e ainda aplaudem.

Mas sabem o porquê destes políticos pensarem assim? Porque não são eles que governam, são apenas actores que dão a cara para quem realmente governa os países. Vejam o Obama, é apenas um actor. Isto é bem visível numa coisa simples, estejam atentos aos discursos dele e às medidas que são aplicadas. TOTALMENTE OPOSTAS. Lembro-me de alguns casos, por exemplo Guantanamo, Afeganistão, políticas económicas, entre muitas outras.

Fica um vídeo de George Carlin "Who Really Controls America" onde sintetiza na perfeição esta realidade.


A Consciência da Massa

Este texto, parece-me interessante, pois tem a ver com a liberdade individual e como a maior parte a vê, com todos os seus medos e inseguranças. Talvez por isso, a maioria ainda prefira ser comandado por alguém, do que ser livre realmente, com todas as consequências, boas e más que isso acarreta. Vou colocar o texto.


Uma das verdades mais fundamentais - e no entanto mais difíceis de compreender - é a de que as pessoas vivem todas em diferentes níveis de consciência.



Não se assimila esse Ensinamento nas suas mais profundas implicações apenas lendo ou pensando sobre ele; há que observar a maneira como as pessoas agem, pensam, falam, sentem, reagem, vivem. O que lhes ocupa o pensamento. Como usam o tempo. O que as preocupa. Os objectivos que têm na vida. Aquilo de que falam. E então torna-se evidente que todas vivem em diferentes níveis de consciência e, até, o nível de consciência em que vivem.



A grande maioria da Humanidade vive num nível biológico-social instintivo. Nesse nível, as pessoas são condicionadas pelos valores vigentes e pela mentalidade comum. As suas identidades são uma mera extensão das normas, crenças, costumes e tabus da sociedade em que nasceram. Vivem polarizadas na sobrevivência e, se possível, na acumulação de dinheiro, poder e estatuto. No mínimo, precisam de um emprego seguro e um parceiro para acasalar e reproduzir-se. Odeiam a solidão.



Não têm ideias ou pensamentos originais; falam do que toda a gente fala, têm as opiniões que os meios de comunicação, os líderes de opinião e o status quo querem que tenham. Lêem jornais desportivos e revistas sobre programas de televisão, falam sobre pessoas e acontecimentos triviais do dia-a-dia. Gostariam que o mundo mudasse mas não começam por si próprios. Não questionam o que lhes é dito; se os seus líderes lhes dizem que os afegãos são maus e os astrólogos mentirosos, então os afegãos são maus e os astrólogos mentirosos. Assim, bovinamente, sem sequer investigarem o assunto. Consomem bens e serviços de que não precisam de facto e cujo único valor é o próprio acto de serem adquiridos e o estatuto que lhes está associado - na ilusão de que serão mais no dia em que tiverem mais.



Vivem vidas inteiras repetindo os mesmos padrões mentais e emocionais, submersos na sua própria subjectividade e incapazes de se verem objectivamente. Não fazem ideia do que são "energias", "arquétipos" ou "padrões". Não fazem ideia de que a vida é um processo de crescimento e desenvolvimento pessoal e não uma luta pela sobrevivência.



São os autómatos de que o sistema precisa para assegurar a sua reprodução e a manutenção das suas próprias estruturas. Constituem a "consciência da massa".



Libertarmo-nos da consciência da massa tem um preço muito alto. Porque os valores da sociedade são redutores, mas dão segurança - a mesma segurança que um rebanho dá a uma ovelha.



Evoluir para outro nível de consciência implica questionar e pensar por si mesmo; implica ser incompreendido e ridicularizado por quem não vê mais longe. Implica conviver com as conversas ocas, mecânicas, de quem nos rodeia. Implica ser livre. E a sociedade não gosta de indivíduos livres, porque são uma falha no sistema e um mau exemplo para os autómatos - e esses é que fazem falta, para que tudo isto funcione..."
---


Nuno Michaels


http://www.nunomichaels.com/

Medidas de salvação = dívida + inflação = recuperação mais lenta


Recentemente saiu um artigo do Prof. César das Neves que apontava que a recuperação da economia será lenta.
De facto, e atendendo aos montantes injectados na economia quer por via da famosa "impressora", quer por via da dívida, fazem com que a economia recupere de uma forma bastante mais lenta do que o que seria esperado caso não tivessem sido tomadas estas providências.
De facto, "não existem almoços-grátis", e todo este dinheiro que apareceu muitas vezes ligado a projectos de VAL zero ou mesmo negativo, quero dizer, projectos não produtivo, em nada ajudam a economia a criar riqueza.
Por outro lado, tudo isto tem que ser pago, aparentemente em várias prestações durante os próximos anos.
A inflação que irá surgir em breve, como todos sabemos mais não passa do que um imposto escondido, um imposto que distorce as acções dos agentes, e ao ser um imposto distorcionário, em nada favorece a eficiência do sistema económico e portanto atrasa a recuperação da economia.
Para além, como sabemos, estas ajudas financeiras foram financiadas também por recurso à dívida pública, criando défices já de si gritantes, e que têm vindo a accionar o alarme do lado da União Europeia. De facto, se como se espera, dentro de uns anos, a dívida pública da União exceder os 100% do PIB, pode-se antever fortes dificuldades no acesso ao crédito por parte dos Estados-Membros, e esse acesso só será obtido mediante custos de financiamento elevados.
Ora isto irá obrigar aos agentes o apertarem o cinto, no momento de crescer.
As medidas de salvação evitaram de forma artificial que as economias batessem no fundo, mas são essas mesmas medidas que evitam que as economias comecem a crescer de forma sustentável. Enquanto as gerações futuras não pagarem a factura destas medidas, o crescimento económico será fortemente condicionado por isto.
Que não seja mal interpretado: não está em causa se vamos sair da crise, concerteza que iremos sair da crise, a grande questão é quando e com que custo.
Provavelmente iremos chegar à conclusão que se as medidas de suposta salvação não tivessem sido empregues, teríamos saído rapidamente da crise e com danos apenas nas áreas que fracassaram e que mereciam ser alvo de reestruturações e de reformas, algo que não será feito de todo, devido à ocultação provocada pelas medidas adoptadas.
Se ao menos as medidas tivessem tido por objecto, projectos produtivos...

Mundo insatisfeito com o sistema capitalista




Hoje vi um título de jornal, que dizia "Mundo está insatisfeito com sistema capitalista", defendendo uma maior regulação financeira.

Meus amigos, o problema não está na regulação financeira, está no facto de não existir mercado livre, nem liberdade de escolha. Por exemplo em Portugal, temos a CMVM e Banco de Portugal, que como toda a gente sabe e é público, os seus dirigentes são pagos a peso de diamantes. Toda a gente tinha conhecimento do que se passava em alguns bancos, então o BCP... só não via quem não queria e... claro que a regulação falhou. A regulação está feita para dar a ilusão de controle, a ilusão de que estamos seguros e há alguém de olho. Quem devia estar de olho era cada um de nós e o mercado que premia-se a gestão mais correcta e mais conservadora. Pensem comigo, acham correcto a maior parte das pessoas perder mais tempo a escolher um televisor, do que um banco onde colocar o capital? Quantas pessoas conhecem que, ao fazerem um crédito habitação não perderam tempo em consultar todos os bancos do mercado à procura da melhor taxa? Mas para escolherem um televisor... aí leem e consultam tudo. Depois quando corre mal, culpam a regulação que falhou. Quem falhou foi cada um de nós que não premiou o melhor banco, e a melhor gestão. Digo banco, mas podia estender a lista a muitas outras coisas.

Um exemplo claro, dos interesses por detrás das "regulações", foi o facto de Tim Geithner, actual secretário do tesouro americano, ter falhado completamente na regulação do mercado, quando tinha inúmeras pessoas, inclusive o senador Ron Paul que já o vinham a avisar do que se iria passar. Como prémio, o salvador Obama, deu-lhe a recompensa de o eleger o responsável máximo pelo tesouro americano... Quando falhou redondamente na tal "regulação".

Não há mercado livre, a regulação é uma fantasia, para dar a ilusão de controle. Para dar a ilusão às pessoas de que há alguém muito atento a protegê-las... Mas caros leitores, é a mesma coisa do que pôr uma raposa a vigiar o galinheiro. Vamos é lutar pela liberdade, coisa que infelizmente não existe.

Amanhã vou colocar um vídeo excelente, do grande George Carlin, onde ele fala sobre quem realmente controla os estados. IMPERDÍVEL.

Afinal para que serve o Estado em Portugal?


Hoje mais uma vez, quando vinha do trabalho para casa, deparei-me com um pedido no comboio. Pedido não será a palavra mais correcta, mas sim peditório.
Não prestei muita atenção, mas julgo que era para o combate à Sida. Donde mais uma vez me recordei que em Portugal a principal função do Estado, a de redistribuição de riqueza e a de "acudir" aos pobres e oprimidos não está a ser cumprida.
De facto, a partir do momento em que se junta a Liga Portuguesa contra o Cancro, a Liga contra a Sida, o Banco Alimentar contra a fome, entre outros, sinceramente começo-me a interrogar se o Estado mesmo numa das unicas vertentes em que não pode ser substituido pelo mercado, estará a fazer um trabalho decente.
Não tenho nada contra estes peditórios que aliás só demonstram o meu ponto que de facto não estar a ser alocados recursos suficientes nesta tarefa, mas parece-me injusto pedir à classe média que para além de pagar os seus impostos para supostamente contribuir para a providência social, que tenha que se sentir quase na obrigação de contribuir adicionalmente para outras providências sociais.
Afinal para onde estão a ir os nossos impostos?
Daí que de facto entenda em parte que muitas vezes as pessoas que dão a cara por estes peditórios tenham que ouvir como resposta algo do género: "Vai pedir ao primeiro-ministro".
Enfim, fica aqui o desabafo...

Soluções para a Educação

A generalidade dos liberais, defende uma de duas formas de tirar o estado da gestão das escolas.

Na primeira, o estado dá cheques-educação à família de cada aluno que pretenda estudar. Se não me engano, foi o Milton Friedman que inventou este sistema. Estes cheques apenas poderiam ser gastos em educação, quer para pagar as propinas numa escola privada (não haveria escolas públicas), e até, eventualmente, para comprar material escolar. Este sistema asseguraria a universalidade do acesso à educação, mantendo os benefícios da competição entre as várias escolas.

Nos Estados Unidos, foi tentada uma forma deste sistema que falhou redondamente (lembro-me do caso de Filadélfia, mas há outros), porque o estado concedeu monopólios regionais a escolas privadas. Para este sistema poder funcionar, tem de haver concorrência entre as várias escolas, senão estamos simplesmente a trocar monopólios públicos por privados.

A segunda alternativa, é deixar o mercado funcionar de uma forma totalmente livre. Não seriam cobrados impostos para pagar gastos públicos com educação (porque estes seriam zero) e seria deixado às famílias o encargo de mandar os seus filhos para a escola que achassem melhor.

Os defensores desta alternativa dizem que, quando o mercado é deixado livre de interferências do estado, o resultado é que os bens e serviços, no longo prazo, tendem a diminuir os seus preços e a alcançar a generalidade da população. Por exemplo, no mercado dos relógios há relativamente pouca interferência estatal, por isso há relógios caros, mas também há relógios baratos, ao ponto de, por vezes, até os mendigos terem relógio.

Claro que a educação é incomparavelmente mais importante que os relógios, por isso, normalmente este sistema nem sequer é considerado pela maior parte das pessoas, porque se diz que a educação por ser demasiado importante não pode ser deixada para o mercado. Eu concordo que é demasiado importante, mas discordo da conclusão, o que é demasiado importante não deve ser deixado nas mãos de políticos e burocratas.

A vantagem deste formato é que o estado ficaria totalmente fora da educação, a desvantagem é que não fica assegurada a universalidade, embora a tendência de longo prazo fosse para a abrangência da generalidade da população. Para os casos mais carenciados, as instituições sociais privadas certamente prestariam um melhor serviço de educação do que essas crianças recebem hoje numa escola pública de uma zona desfavorecida.

Pessoalmente, prefiro o segundo sistema, mas caso aplicássemos os cheques-educação, já seria muito bom…

7 Colégios Católicos entre as 10 Melhores Escolas


É bem verdade que a grande maioria dos alunos destes colégios vêm de famílias privilegiadas, e que por isso partem com alguma vantagem em relação às escolas públicas.

No entanto, isso não explica tudo. Estas escolas estão verdadeiramente apostadas em educar os seus alunos, e para isso criam as condições que entendem ser necessárias para concretizar esse objectivo.

Enquanto nas escolas públicas, os professores andam ocupados a combater o Ministério da Educação, ou porque querem aumento dos salários ou contra o modelo de avaliação, etc., independentemente das suas reivindicações serem justas ou não, isto demonstra que a preocupação dos docentes não está unicamente focada na razão para a qual as escolas existem: educar os alunos. A culpa não é de nenhum professor, em concreto, é do sistema que foi criado.

A indisciplina reina, em muitas escolas públicas (felizmente ainda há alguns casos que contrariam a regra), porque hoje em dia dominam teorias ditas “progressistas”, que muitas vezes apenas se traduzem em tirar poder ao professor, que assim perde força para resolver problemas que depois se prolongam no tempo e que, num efeito de bola de neve, se vão agravando.

Às escolas públicas também lhes falta flexibilidade, porque as decisões de fundo são tomadas num escritório do Ministério da Educação (MdE) e depois são aplicadas a todas as escolas do país. O currículo é igual, quer uma escola fique em Lisboa, quer se situe numa aldeia transmontana ou numa ilha dos Açores. Todas as crianças podem ser obrigadas a ter aulas de educação sexual, mesmo que vá contra a vontade dos seus pais o que é apresentado nessas aulas (aqui também se pode falar da matéria de algumas disciplinas). As regras são as mesmas, embora social e culturalmente haja diferenças significativas entre as várias escolas. Em Portugal, o MdE até decide a colocação de todos os professores, num sistema que, de certo, muito agradaria a qualquer burocrata soviético.

As más escolas públicas frequentemente são recompensadas com mais fundos, muitas vezes às custas de retirar recursos às escolas públicas que funcionam bem. O resultado é a manutenção das escolas más e a degradação das boas. Como as famílias são obrigadas a por os filhos na escola da sua área de residência (ou do trabalho), não têm liberdade de escolha, fazendo com que as escolas continuem a ter alunos, independentemente da sua qualidade.

Nas escolas privadas, é diferente. Os professores estão focados em educar os alunos, porque quando aceitam trabalhar em determinada escola, automaticamente estão a aceitar as regras praticadas por essa escola, nomeadamente no que diz respeito a salários e a sistemas de avaliação. Caso a escola não esteja a conseguir atrair bons professores, ou esteja a perder os bons professores que tinha, pode facilmente alterar essas regras, ao contrário do que acontece no sistema público. Além disso, os bons professores podem ser automaticamente recompensados, enquanto os maus podem receber formação para melhorarem, ou ser despedidos.

Os alunos que não respeitem as “leis” da escola têm as suas punições previstas nessas mesmas “leis”, que têm como objectivo manter a paz e a qualidade do ensino. Caso essas regras se mostrem desajustada também podem ser facilmente alteradas (no ensino gerido pelo MdE já não é bem assim, veja-se a discussão em torno do estatuto do aluno).

Os pais, podem decidir que tipo de ensino querem para os seus filhos, nas escolas privadas. Se forem religiosos, podem escolher uma escola que siga a conduta da sua religião, ou se forem ateus, também há escolas privadas geridas por cooperativas independentes de qualquer religião.

As escolas privadas que não obtiverem bons resultados, terão menos procura e terão de mudar de rumo e de gestão ou ir à falência. Como vimos acima, no ensino público as escolas más são recompensadas e as boas punidas.

O leitor estará a pensar, “isto é tudo muito bonito, mas então e aqueles alunos que não tiverem dinheiro para pagar a frequência numa escola privada?” (resposta amanhã: Soluções Liberais para a Educação)

As mesmas tretas de sempre - BASTA

Vou aqui falar, resumidamente de 2 questões. A questão que a comunicação social aplaudiu do GDP americano e do Obama vir dizer, que salvou 1 milhão de empregos.

Pessoalmente, estou um bocado farto das mesmas mentiras dos políticos. A linguagem é a mesma, quer seja em Portugal, USA ou na China. Sempre a mesma lengalenga, de que salvaram isto e aquilo, que a economia está a recuperar da crise, crise essa provocada por outros, nunca pelos mesmos. Isto é tudo bullShit... Major league bullshit.

Já é tempo, das pessoas, aplicarem um pouco do seu tempo, a estudarem o assunto, mais que disponível, em vários sites de internet. Só não o fazem porque não querem. Este é um assunto sério, com implicações no presente e futuro dos vossos filhos e netos. Se, para escolherem uma televisão, perdem dias a pesquisar na net, porque é que, para um assunto tão sério, como o económico, não perdem também dias? Porque é que acreditam no que vêm no telejornal por parte dos políticos e jornalistas (eu não me lembro da última vez que vi um telejornal... haa já sei, foi nas férias e quando ouvi o primeiro-ministro dizer que tinhamos saído da crise, porque o nosso PIB foi positivo, além de me matar a rir, lembrei-me porque é que deixei de ver a parte económica nos telejornais).

Esta semana falou-se do GDP americano, que subiu 3.5% (uau... esqueceram-se de dizer que primeiro é uma estimativa e depois também se esqueceram de dizer, quais as rúbricas que subiram e cairam), e que a economia iria recuperar. Volto a repetir, chega de dizerem mentiras e enganarem as pessoas. Não vai haver recuperação económica nenhuma enquanto os políticos ditarem as leis e não o mercado livre. Os políticos provocaram a especulação imobiliária das casas, sustentaram toda a economia nesse pressuposto, pararam de produzir, e claro, que uma economia baseada no esquema da pirâmide, ao rebentar trás as suas consequências... agora querem resolver a situação com mais dívida e créditos mal parados, que provocaram a situação alarmante de há uns meses. Ou seja, querem curar um drogado, dando-lhe mais drogas e drogas mais pesadas. Só na cabeça dos políticos. O problema é que isto é feito, à custa, do sector privado e aumento de impostos. Caso o mercado fosse livre, nunca se passaria uma coisa destas, já que o mercado ajustasse á oferta e procura e não há os booms and busts de uma economia tipicamente comandada por governos e políticos.

Há um artigo interessante acerca do GDP dos USA aqui que aconselho a leitura. Coloco ainda um vídeo do Peter Schiff acerca do mesmo assunto.



O outro assunto, é o emprego criado pelos políticos. Nunca os políticos hão-de criar empregos sem destruir outros tantos. A economia tem recursos escassos, não são recursos imilitados, e ao direccionarem recursos para um dado local, perde-se do outro. Simples, mas os políticos não o entendem. Apenas estão virados para o populismo barato, não lhes sai do bolso se correr mal e é sempre fácil culpar os inimigo invisível (crise ou especuladores).

Obama veio dizer, todo contente, que criou ou ajudou a salvar 1 milhão de empregos. Isto é BS da grande. O que ele fez, e por isso está tudo indignado e on fire nos USA foi dar $ triliões aos bancos, com o objectivo, segundo ele, de os bancos emprestarem às pessoas. Mas claro está, o que é que foi feito na realidade? Os bancos pegaram no dinheiro e voltaram ao seu tema preferido, especulação nos mercados financeiros, inflaccionando todos os preços (porque é que acham que o preço do combustível está como está?). Isto permitiu-lhes ganhar muito dinheiro com esta manipulação e especulação nos mercados, com dinheiro grátis que o governo lhes deu dos contribuintes, e andam a pagar-se a si próprios biliões de dólares de prémio. Só a Goldman Sachs (braço armado do governo americano) vai pagar mais de 500 mil dólares a cada funcionário em média. Que bonito...

O governo americano, ao endividar-se em mais alguns TRILIÕES de dólares, irá ter de aumentar os impostos, sobrecarregando quem? Não... não são os bancos quer receberam dinheiro gratuito, são as pequenas e médias empresas, a classe média... que irá ver agravado, em muito, o seu nível de vida.

Além de muitas outras coisas, que poderia falar aqui, vou focar apenas que o facto, das empresas falidas, estarem a ser salvas pelo governo, é um desastre... e porque? Porque aquelas produtivas, as que gerem bem os recursos, agora têm acesso ao crédito ou reduzido ou nulo, porque os bancos preferem emprestar às empresas falidas que têm garantidas do governo. Assim, como 2+2=4, as empresas produtivas ficam também em dificuldades, despedindo trabalhadores, que não iriam ser despedido se não fosse a intervenção do governo, nem podendo desta forma, ficar com as partes boas, e trabalhadores, das empresas falidas. Ou seja, estragam-se assim 2 famílias... depois claro, vão criar o emprego no sector público... sector que além de ter já pessoas a mais, deverão concerteza estar mal distribuídas.

Chega disto, chega dos políticos que pensam que isto é como jogar ao monopólio. Abram os olhos para o que realmente pode mudar a situação, que é um mercado livre, haver mais liberdade individual e colectiva para os particulares, poderem prosperar e conduzir os seus negócios. Chega de dar $ aos políticos, para o gastarem em lobbies e nas suas estratégias completamente absurdas.

Fica um texto óptimo acerca da questão do emprego que o Obama diz que criou e um vídeo também super interessante. Apliquem um pouco do vosso tempo a ler e ver o que coloquei aqui. Bom fim-de-semana, e a melhoria de vida está nas vossas mãos, não na dos políticos.



Diziam que sem plano de estímulos, o desemprego seria de 9%... Uns triliões depois, está praticamente 10% (o oficial). Ou seja, ao ser transferido capital de um sector para o outro, o desemprego gerado em sectores produtivos, superou em muito o criado em outros sectores, normalmente públicos.





Soluções


Ontem tomou posse o governo, e nos discursos do presidente e do primeiro-ministro ficaram bem explícitos 2 rumos muito diferentes que Portugal pode seguir. Link aqui.

O primeiro, defendido pelo primeiro-ministro, podia chamar-se o caminho progressista, segundo o qual os problemas do país só podem ser resolvidos com uma forte intervenção por parte do estado, não só através de investimento directo, mas também direccionando o sector privado, dando incentivos fiscais e subsídios para determinados sectores, como, por exemplo, o das energias renováveis.

O segundo, com o aval do presidente, é o caminho da sobriedade, em que a solução passa por reduzir o forte endividamento externo do país. Indirectamente, isto requer que o governo mantenha contas públicas equilibradas e que o crescimento do peso do estado na economia seja travado, numa primeira fase, e que seja diminuído, posteriormente.

O primeiro caminho é, sem dúvida, mais apelativo. Mais sexy, se quiserem. É um caminho mais descansado, os governantes pensam numa grande estratégia nacional e aplicam-na. Nós apenas temos de seguir as indicações vindas de cima.

O segundo caminho, mais sombrio, à primeira vista parece pouco prometedor. Sem uma mão do estado, será que os privados podem ter a força de imprimir um rumo ao país?

No entanto, o caminho sexy tem muitos espinhos escondidos. O investimento estatal vai ter de ser financiado de alguma forma, o que trocando por miúdos quer dizer aumento dos impostos, só fica por saber se vamos pagar mais cedo ou mais tarde.

A verdade é que também não precisamos de alguém que nos indique um caminho. Muito menos um político, que nunca teve experiência empresarial. Quando o estado não intervém, os empresários apenas reagem aos incentivos vindos do mercado. No curto prazo, caso o preço de determinado bem suba, os lucros das empresas sobem, levando a aumentos de produção e ao aparecimento de novas empresas. No longo prazo, os empresários tentam antecipar as tendências futuras do mercado.

Umas vezes, os empresários acertam, e têm lucros, outras falham, e têm prejuízos, mas são sempre eles que sofrem as consequências das suas decisões, conferindo um forte incentivo para que acertem. Com os políticos ocorre o contrário, porque muitas vezes quando são conhecidas as consequências das suas decisões já eles estão a gozar a sua (pouco) merecida reforma.

Por exemplo, até ao final dos anos 70, a Inglaterra era praticamente um estado socialista, com controlo público de grandes empresas em sectores considerados fundamentais. O estado tinha todos os meios para estabelecer o rumo do país, no entanto, a Inglaterra era conhecida como o estado anémico da Europa devido à sua estagnação económica. Quando Margaret Tatcher chegou ao poder, implementou uma mudança radical na política, reduzindo o peso do estado e privatizando muitas empresas, e deixando mais espaço para os privados. O resultado foi que, nos 30 anos seguintes, a Inglaterra foi uma das economias mais dinâmicas da OCDE. . Ou seja, elevado peso do estado = estagnação; menor peso do estado = crescimento dinâmico.

Portugal tem de escolher entre dois caminhos: ou (1) mais impostos, cada vez maior peso do estado na economia e maior endividamento, que foi o que nos colocou na estagnação dos últimos 10 anos, ou (2) mudar de rumo, diminuir a intervenção estatal, deixar mais espaço para as empresas responderem às necessidades dos consumidores e seguir o rumo da única forma sustentável de subir o nível de vida dos portugueses.

Desigualdade Entre Ricos e Pobres


Recentemente, esta notícia foi divulgada nos meios de comunicação portugueses.


Como é que isto é possível, depois de décadas de políticas sociais com o objectivo de combate às desigualdades sociais?

Eu vou dizer uma coisa que pode escandalizar os leitores mais sensíveis, daí este artigo ter bolinha vermelha. A partir daqui, não me responsabilizo pelas consequências que a minha declaração pode provocar...

Aqui vai: cobrar impostos aos ricos e dar aos pobres pode aumentar as desigualdades, no longo prazo! (Espero que os mais corajosos ainda estejam de boa saúde.)

Quando é atribuído um subsídio a algo, seja para o que for, essa coisa tende a aumentar. Com a pobreza é igual. Quando se dá um subsídio aos pobres, dá-se um forte incentivo a que essas pessoas se mantenham pobres, para continuarem a beneficiar do subsídio. Mesmo que as intenções destes subsídios sejam as melhores, estes são os incentivos que são criados.

Para financiar os subsídios, os políticos defendem que se devem cobrar impostos aos ricos, o que pode não ser uma ideia tão boa como parece.

Primeiro que tudo, esta é a faixa da população a quem é mais difícil cobrar impostos. Estes conseguem pagar a especialistas, para encontrarem formas legais de pagarem menos, e em último caso podem mudar a residência fiscal.

Em segundo lugar, se vamos taxar mais as pessoas que criam mais riqueza na economia, vamos ficar todos mais pobres, porque retiramos incentivo aos melhores empresários de investirem e criarem mais postos de trabalho. Se os postos de trabalho não são criados, provavelmente quem é mais afectado por isso são as camadas mais baixas da estrutura social, onde o desemprego é maior. (nota 1: aqui não estou a falar de fortuna conseguida de forma ilegal, porque isso é um caso para a policia e tribunais, que não deve ser resolvido através da política fiscal)

Em terceiro lugar, como não se consegue cobrar impostos suficientes aos ricos, estes acabam por recair sobre a classe média. Isto é um ataque directo à classe média, que tem como consequência criar ainda mais desigualdades. Caso o leitor português, se sinta particularmente afectado por este ponto, não é pura coincidência.

Já experimentamos o caminho dos políticos, nas últimas décadas, e o resultado é o que se vê. Que tal tentar algo diferente?

(nota 2: não acredito que a igualdade seja algo a ser perseguido, acho muito mais importante melhorar o nível de vida da faixa mais desfavorecida da sociedade, e aí nenhum sistema consegue bater o capitalismo, mas isto fica para outro post)


Em defesa da globalização - Mercado livre

Um vídeo de 5 minutos, onde fica bem retratado o porquê da necessidade, de existir, um cada vez maior, mercado livre.

Tom Palmer é Vice-Presidente de Programas Internacionais do Cato Institute e Diretor do Centro de Promoção dos Direitos Humanos

Palmer diz que aqueles que defendem um mundo mais próspero devem combater os obstáculos que impedem a livre circulação de bens através das fronteiras.




Link directo: http://www.ordemlivre.org/node/271

Um americano em fúria

O fim-de-semana, sendo mais de relax, deixo um vídeo de um americano, revoltado já há vários meses, com as políticas que o seu governo está a tomar. Como sabem, os americanos são a favor da liberdade, que lhes está a tentar ser tirada, por um governo cada mais de esquerda, nacionalizando o que quer (com o famoso argumento do emprego, argumento este já desmistificado em alguns artigos deste blog), ajudando as empresas cujos lobbies fazem pressão, deixando as outras, constituidas pela classe média ir ao buraco.

Tenho acompanhado este americano no youtube já há vários meses, tem inúmeros vídeos, que talvez vá colocando aqui. Mas coloco este, que já tem algum tempo, mas que sintetiza bem o sentimento americano, que tenho acompanhado em vários blogs, pelas políticas que são praticadas por lá. Talvez por isso, a taxa de aprovação de Obama, seja mais baixa que a do Bush, durante o mesmo tempo de mandato. É que por lá, os americanos entendem que, os privados é que têm de ter um peso maior que o estado. Caso contrário, o Estado entra em bancarrota, que é o que infelizmente, está a acontecer em Portugal, apesar de alguns organismos, tentarem atirar areia para os olhos, com os número do PIB, o que não nos dizem, é que vão alterando, magicamente, a maneira de o calcular...

Fica o vídeo. Um bom fim-de-semana.



Assim não vale?

Por vezes ouvimos, na rua e nos meios de comunicação, que devíamos restringir as importações vindas da China.

As justificações são muitas: fazem concorrência desleal porque os trabalhadores chineses são explorados, ao receberem salários miseráveis e com poucas condições de trabalho, não têm segurança social, não têm de cumprir as regras ambientais dos países europeus...

Perante isto, os defensores desta linha de raciocínio, argumentam que o resultado final será que os trabalhadores europeus terão de aceitar trabalhar perante uma igual exploração, também com salários baixíssimos e sem quaisquer condições de trabalho, se quiserem ser competitivos, ou então que o desemprego aumentará para níveis astronómicos.

Para evitar estas consequências desastrosas, dizem eles, só há uma solução: criar barreiras às importações chinesas!

Esta argumentação tem tantas falácias, que nem sei por onde começar.

Primeiro que tudo, o comércio com o exterior também cria empregos europeus, logo para começar no sector dos transportes. Depois, parte das importações podem ser de componentes usados por empresas, promovendo a produção dessas empresas, para além de aumentar a eficiência e a riqueza criada pela economia europeia. Para além disso, a produtividade é incrementada, uma vez que se aprofunda o processo da divisão internacional do trabalho.

Esta lógica também falha porque se assume que há um número fixo de empregos disponíveis, numa economia, neste caso na europeia. Isto não é verdade, enquanto houver necessidades humanas por satisfazer também haverá procura por quem possa tratar delas. Por isso, se importamos certo bem da China, mais barato, os europeus podem desviar recursos para satisfazer outras necessidades dos seus consumidores. Com comércio livre, se por exemplo importamos plásticos chineses, os consumidores europeus têm acesso aos plásticos, mais os produtos que passaram a ser produzidos pelos recursos que antes eram usados para produzir plásticos similares, na Europa. Sem comércio livre, ficamos apenas com os plásticos europeus.

Depois, quando se restringe o comércio livre, os pobres são os primeiros a ser afectados, porque deixam de poder comprar produtos que antes eram baratos.

Este tipo de medidas, criaria desemprego na China e, certamente, ressentimento contra o Ocidente. Para alguns europeus manterem os seus privilégios artificialmente, inverteríamos o processo de globalização, que nas últimas décadas tirou centenas de milhões de seres humanos da pobreza.

Quanto ao argumento da poluição, este parece-me ser o mais forte. Mas será que é suficiente para impedirmos as importações chinesas de entrarem? Não me parece, apesar de esta ser uma questão muito importante. A Europa, cumpre regras ambientais mais apertadas, em parte, devido às leis que foram criadas, mas também à consciencia ambiental que foi desenvolvida ao longo de décadas, pelos europeus. A China está agora a desenvolver-se, e por isso, infelizmente, essa ainda não é uma preocupação muito relevante para a maioria da população (para além de que estamos a falar de uma ditadura, onde as vozes discordantes são muitas vezes silenciadas). No entanto, não duvido que essa consciência venha a ser desenvolvida aos poucos, e à medida que as necessidades mais básicas da população forem sendo satisfeitas. Aí nós podemos ajudar, através da nossa maior experiência nesta área.

Olhando para o passado, vamos chegar facilmente à conclusão que, abrindo as fronteiras, os europeus não terão de passar a trabalhar pelos menos salários, nem nas mesmas condições dos seus parceiros chineses. A razão pela qual temos salários mais altos é porque temos uma maior produtividade, resultado de termos mais capital na nossa economia. Para além disso, quando a produtividade aumenta, as pessoas também começam a precisar de trabalhar menos. Hong Kong, que faz parte da China há mais de 10 anos, começou por se especializar nos têxteis e na produção de aparelhos simples, no inicio da sua industrialização, no entanto, nas últimas décadas com a concorrência de alguns países asiáticos, estes sectores praticamente desapareceram da sua economia, sem que isso tenha resultado em desemprego, simplesmente houve uma alteração na aplicação dos recursos e Hong Kong continuou a enriquecer. Ou seja, este argumento apenas revela ignorância económica.
A conclusão só pode ser uma, deixemos que os seres humanos, quer sejam europeus ou de outra proveniência qualquer, prosperem através do mercado livre, que é a única forma de o conseguir sustentadamente e sem empobrecer artificialmente os outros.
Fica ainda aqui o link para um post do André sobre o proteccionismo.

Decadência do Dólar



No seguimento dos vários posts, que podem ser encontrados neste blog, a falar na decadência dos Dólar, aqui fica mais um link para uma noticia que surgiu, nas últimas semanas.


Vários países exportadores de petróleo do Médio Oriente, têm reunido com outros países, como a Rússia, China, Japão, França, Índia e Brasil, no sentido de elaborar um plano para deixar de cotar o petróleo em Dólares Americanos e passar a cotá-lo num cabaz de várias moedas, entre as quais o Euro, o Yen Japonês, o Yuan Chinês, uma moeda unificada dos países do Golfo Pérsico (que está a planeada) e até o ouro. Esta mudança, aconteceria nos próximos 9 anos.


É mais um sinal demonstrando que, aqueles que mais dependem do Dólar para a sua prosperidade, têm cada vez mais dúvidas quanto à capacidade da moeda americana em manter o seu valor, no futuro. Estas dúvidas, claro que estão directamente ligadas à política monetária seguida pelo Fed, principalmente desde que começou a actual crise.


O Ouro aparecer no meio destas moedas, e até ser apontado por fontes chinesas como o meio de transição entre estes dois sistemas, não quer dizer que estes países queiram voltar a um padrão ouro. Acredito que terá muito que ver com os recentes recordes atingidos pelo preço deste metal precioso e também será uma forma de dar credibilidade ao sistema, mas que não deverá ter um peso relevante no sistema final.


Quanto ao sistema que alegadamente está em cima da mesa, não acho que um cabaz de moedas tão diferentes possa funcionar, na prática. Não me parece que estes diversos países, com interesses tão diversos, onde em muitos deles a política monetária não é independente dos interesses dos políticos, consiga manter um preço coerente para o petróleo, ao longo do tempo. Também não me parece que nenhum desses países consiga, eficazmente, obrigar os restantes a seguir políticas monetárias independentes dos interesses políticos.


Na minha opinião, o único sistema possível de ser concretizado, caso o Dólar seja substituído, é adoptar uma única moeda que consiga manter o seu valor ao longo do tempo e que tenha credibilidade junto da generalidade dos agentes do mercado. Assim sendo, o Euro seria um dos principais candidatos.

A queda das verdinhas...


Não, hoje não vou falar do Sporting... nem vou falar de nenhum partido ecologista...
O tema hoje é a queda do dólar, das célebres notas verdinhas...
Com efeito saiu hoje a lume uma noticia na qual o peso do dólar americano enquanto reserva dos diversos bancos centrais caiu de 63% em 1999 para 37% na actualidade.
E isto é bom ou mau? Tal como o Marco tinha apontado num artigo mais antigo, parece o "Grande Império" estás prestes a colapsar e este é mais um indicador que traduz a falta de confiança na economia americana. Mas na realidade, vistas as coisas de outra forma, a taxa de câmbio não passa de um mecanismo regulador da economia, de mais uma variável de "fecho" das "equações" que "regem" o modelo macroeconómico.
Afinal a taxa de câmbio nada mais é do que simplesmente o preço relativo de uma moeda face a outra moeda.
Não se consegue à primeira vista apurar (excepto talvez alguns jornalistas verdadeiramente iluminados devido às suas mentes extraordinárias) se uma depreciação do dólar face às restantes divisas é bom ou mau para a economia americana. É verdade que por um lado as importações ficam mais caras e isso reflectir-se-á nos preços dos produtos importados ou que incorporam matérias-primas importadas. Mas por outro lado, as exportações americanas ficam mais competitivas. Eu por exemplo agora tendo a recorrer mais à amazon americana do que à amazon inglesa.
Sendo certo que quando o mercado julgar que o preço da moeda americana está muito baixo, então os investidores irão adquirir moeda americana e o processo de queda do dólar terminará...a menos que os rumores que se têm ouvido ultimamente de criação de uma moeda única mundial se venham a confirmar...mas isso será tema de um outro post.
Sendo que a economia americana vive muito do seu mercado interno, é provável que o efeito na economia americana como um todo não seja muito significativo.
De todas as formas esta notícia fez-me lembrar uma questão que uma vez um colega meu da faculdade colocou e que muitas vezes gera confusão.
A questão que ele colocou foi a seguinte: se não era estranho a libra cipriota (actualmente 1 Euro = 0,585 Libras Cipriotas) ser uma das moedas mais fortes do mundo. Ora isto é um dos erros mais comuns que pode haver. Não é pelo facto de uma moeda valer mais do que o Euro, que torna essa mesma moeda mais forte.
O preço da moeda é apenas uma denominação... nada impediria que por exemplo o Banco Central Europeu decidisse substituir o Euro por uma nova moeda (com outro nome) e que valesse por exemplo 10 euros, tornando-a assim na moeda mais "forte" do mundo. Lembro-me inclusivamente que há pouco tempo a Roménia transformou os seus Leis (moeda romena) no Novo Lei, que vale precisamente 1000 Leis (antiga moeda).
E nem por isso a economia Romena está 1000 vezes mais produtiva, trata-se apenas de um "lifting". O comportamento ao longo do tempo dessa moeda face às outras divisas é que irá dizer se a moeda é forte ou não.
Um outro exemplo paradigmático é o do Iene...que sendo uma das moedas mais fortes da economia mundial, a taxa de câmbio actual é de 1 euro = 132,69 ienes.

Portanto e voltando ao tema inicial, da próxima vez em que pensarmos que o euro se depreciou face a qualquer outra moeda, devemos pensar que como tudo na vida, existem vantagens e desvantagens...

E já agora uma pequena curiosidade...o termo Dólar advém da antiga moeda da Eslovénia, o Tólar.