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O Nascimento do Estado-Social Alemão


Com a unificação da Alemanha, em 1871, Bismarck, que era o primeiro-ministro da Prússia, tornou-se o chanceler do novo império. Manteve-se no poder até 1890, vindo a falecer em 1898.

As suas políticas, foram marcadamente autoritárias, no plano interno, e imperialistas e militaristas, no plano externo. Para além disso, hoje ele também é conhecido como o pai do estado social alemão.

No entanto, o astuto chanceler, não deu início ao estado social por motivos altruístas. Esta constituiu uma jogada política bem calculada, com a qual arrumou dois problemas de uma vez só.

Por um lado, com a industrialização da Alemanha, a crescente classe operária estava exposta à influência dos sindicalistas, com ideias socialistas. Tinha aqui um foco de possível instabilidade social, que ameaçava tornar-se numa bomba relógio.

Por outro lado, os seus planos expansionistas e de afirmação da Alemanha, como uma potência europeia e mundial, levavam a que necessitasse de um fluxo crescente de fundos para o seu exército. Neste ponto, por vezes esbarrava com oposição, no Reichstag, nomeadamente por parte do Partido Liberal.

Foi assim que criando sistemas iniciais de segurança social, como por exemplo a reforma aos 65 anos de idade, conseguiu atrair o apoio de grande parte do proletariado.

Conseguiu, ainda, aumentar a cobrança de impostos, sob o pretexto de financiar a providência estatal, mas que foram parcialmente desviados para alimentar a máquina militar alemã, evitando a constante supervisão do parlamento sobre estes gastos.

1 Comentários:

AG disse...

Tal como o Madoff ensinou, no inicio a piramide (neste caso a SS) funciona sempre muito bem!