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Irlanda

Este artigo explica bem o que está em jogo no bail out da Irlanda, o porquê da resistência ao "salvamento" europeu e o porquê dos parceiros europeus insistirem tanto.

Na minha opinião, os bancos irlandeses não deviam ser salvos. Claro que a falência dessas instituições lançaria a Irlanda (e não só) numa grave crise, mas essa crise é inevitável, mais tarde ou mais cedo, dados os incentivos dos vários agentes deste jogo, e quanto mais cedo vier menor será o seu impacto.

Os bancos ao serem salvos, depois de terem feito maus investimentos ou serem mal geridos, certamente que não têm um incentivo para melhorar. Os accionistas tiveram a confirmação do que já sabiam: os lucros são para eles, os prejuízos são pagos pelos governos, ao mesmo tempo que as suas instituições vão crescendo.

Não deixar os bancos falirem agora, apenas vai adiar e ampliar o problema.

3 Comentários:

Anónimo disse...

Mas... permita-me uma questão!!! E os depósitos da população?? Que lhes acontece se os bancos da Irlanda forem à falência?? O não salvar os bancos significaria perda desses depósitos por parte das pessoas.

Cumprimentos e Obrigado pelo bom trabalho que tem apresentado no seu Blog

Marco disse...

Boa tarde, primeiro que tudo agradeço a questão. Sem dúvida que esse é dos maiores problemas em deixar falir os bancos irlandeses, pelo menos uma boa parte dos depósitos da população vão desaparecer e isso é verdadeiramente trágico. No entanto, considero que salvar os bancos apenas vai adiar o problema uns anos, ao mesmo tempo que o buraco financeiro dos bancos vai aumentando devido aos incentivos de que falo no post.

Por isso penso que deixar os bancos falirem é um mal enorme, mas salvá-los é muito pior.

NC disse...

Os depósitos da população estão salvaguardados até um montante "jeitoso" por um seguro. Pelo menos em Portugal é assim...

Deixar (bem) aberta a hipótese de falência fará mais por um mercado financeiro saudável e menos propenso a bolhas do que qualquer modelo de regulação.