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Moeda


Tal como se pode ler no link, o Zimbabwe tem planos para introduzir uma moeda convertível em Ouro, como forma de dar mais credibilidade à criação do novo Dólar do Zimbabwe.

Quem lê as declarações do presidente do banco central do país, nem acredita que este foi o mesmo homem que arruinou o antigo Zim Dólar através do último caso de hiperinflação, registado no mundo.

Mas talvez por isso, o Dr. Gono, sabe bem qual o destino de todas as moedas fiduciárias, e pode ser que tenha aprendido a lição (também foi assim que a Alemanha aprendeu uma lição nos anos 20, com o Bundesbank, posteriormente, a manter a fama de ser um dos bancos centrais mundiais mais avessos à inflação). Claro, que também há uma forte hipótese de o Dr. Gono apenas dizer que vai seguir um caminho, para tentar ganhar credibilidade, e depois fazer o oposto, o que é algo muito comum em políticos.

Nos EUA, o estado do Utah já aceita legalmente moedas de Prata e Ouro, emitidas pelo governo federal. Outros estados têm planos semelhantes.

Podemos estar a assistir ao fim de mais uma experiência falhada de moeda fiduciária, tal como sempre ocorreu no passado, à medida que os bancos centrais, das principais economias do mundo, parecem apostados numa espiral inflacionista.

PS: os números oficiais/manipulados da inflação não parecem alarmantes, mas basta olhar para os preços dos bens alimentares, do petróleo, e das outras commodities, em geral, e também para as intervenções gigantescas nos mercados, por parte do BCE, Fed, Banco do Japão, etc., para não nos deixar dúvidas sobre o processo inflacionista que estamos a viver.

PS2: impedir que os estados desvalorizem as poupanças, é um principio básico de um sistema capitalista. Se um individuo foi remunerado pelo seu trabalho, e decidiu poupar uma parte do seu rendimento (para investir ou para prevenir dias mais cinzentos), ao se permitir que o valor do seu esforço seja diminuído, através da desvalorização premeditada da moeda que este detém, é uma violação das regras de propriedade privada.

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