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Quem realmente controla os governos

Outro dia em conversa com um amigo ele falava acerca dos governos, que iriam salvar a economia, etc, etc. A conversa normal de quem dá credibilidade a mais a políticos que nunca geriram nada na vida, nunca tiveram de construir algo de raiz e fazerem-na resultar em algo e que pensam que, mesmo assim, conseguem gerir biliões de um país inteiro e salvar uma situação que os mesmos criaram e ainda aplaudem.

Mas sabem o porquê destes políticos pensarem assim? Porque não são eles que governam, são apenas actores que dão a cara para quem realmente governa os países. Vejam o Obama, é apenas um actor. Isto é bem visível numa coisa simples, estejam atentos aos discursos dele e às medidas que são aplicadas. TOTALMENTE OPOSTAS. Lembro-me de alguns casos, por exemplo Guantanamo, Afeganistão, políticas económicas, entre muitas outras.

Fica um vídeo de George Carlin "Who Really Controls America" onde sintetiza na perfeição esta realidade.


A Consciência da Massa

Este texto, parece-me interessante, pois tem a ver com a liberdade individual e como a maior parte a vê, com todos os seus medos e inseguranças. Talvez por isso, a maioria ainda prefira ser comandado por alguém, do que ser livre realmente, com todas as consequências, boas e más que isso acarreta. Vou colocar o texto.


Uma das verdades mais fundamentais - e no entanto mais difíceis de compreender - é a de que as pessoas vivem todas em diferentes níveis de consciência.



Não se assimila esse Ensinamento nas suas mais profundas implicações apenas lendo ou pensando sobre ele; há que observar a maneira como as pessoas agem, pensam, falam, sentem, reagem, vivem. O que lhes ocupa o pensamento. Como usam o tempo. O que as preocupa. Os objectivos que têm na vida. Aquilo de que falam. E então torna-se evidente que todas vivem em diferentes níveis de consciência e, até, o nível de consciência em que vivem.



A grande maioria da Humanidade vive num nível biológico-social instintivo. Nesse nível, as pessoas são condicionadas pelos valores vigentes e pela mentalidade comum. As suas identidades são uma mera extensão das normas, crenças, costumes e tabus da sociedade em que nasceram. Vivem polarizadas na sobrevivência e, se possível, na acumulação de dinheiro, poder e estatuto. No mínimo, precisam de um emprego seguro e um parceiro para acasalar e reproduzir-se. Odeiam a solidão.



Não têm ideias ou pensamentos originais; falam do que toda a gente fala, têm as opiniões que os meios de comunicação, os líderes de opinião e o status quo querem que tenham. Lêem jornais desportivos e revistas sobre programas de televisão, falam sobre pessoas e acontecimentos triviais do dia-a-dia. Gostariam que o mundo mudasse mas não começam por si próprios. Não questionam o que lhes é dito; se os seus líderes lhes dizem que os afegãos são maus e os astrólogos mentirosos, então os afegãos são maus e os astrólogos mentirosos. Assim, bovinamente, sem sequer investigarem o assunto. Consomem bens e serviços de que não precisam de facto e cujo único valor é o próprio acto de serem adquiridos e o estatuto que lhes está associado - na ilusão de que serão mais no dia em que tiverem mais.



Vivem vidas inteiras repetindo os mesmos padrões mentais e emocionais, submersos na sua própria subjectividade e incapazes de se verem objectivamente. Não fazem ideia do que são "energias", "arquétipos" ou "padrões". Não fazem ideia de que a vida é um processo de crescimento e desenvolvimento pessoal e não uma luta pela sobrevivência.



São os autómatos de que o sistema precisa para assegurar a sua reprodução e a manutenção das suas próprias estruturas. Constituem a "consciência da massa".



Libertarmo-nos da consciência da massa tem um preço muito alto. Porque os valores da sociedade são redutores, mas dão segurança - a mesma segurança que um rebanho dá a uma ovelha.



Evoluir para outro nível de consciência implica questionar e pensar por si mesmo; implica ser incompreendido e ridicularizado por quem não vê mais longe. Implica conviver com as conversas ocas, mecânicas, de quem nos rodeia. Implica ser livre. E a sociedade não gosta de indivíduos livres, porque são uma falha no sistema e um mau exemplo para os autómatos - e esses é que fazem falta, para que tudo isto funcione..."
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Nuno Michaels


http://www.nunomichaels.com/

Medidas de salvação = dívida + inflação = recuperação mais lenta


Recentemente saiu um artigo do Prof. César das Neves que apontava que a recuperação da economia será lenta.
De facto, e atendendo aos montantes injectados na economia quer por via da famosa "impressora", quer por via da dívida, fazem com que a economia recupere de uma forma bastante mais lenta do que o que seria esperado caso não tivessem sido tomadas estas providências.
De facto, "não existem almoços-grátis", e todo este dinheiro que apareceu muitas vezes ligado a projectos de VAL zero ou mesmo negativo, quero dizer, projectos não produtivo, em nada ajudam a economia a criar riqueza.
Por outro lado, tudo isto tem que ser pago, aparentemente em várias prestações durante os próximos anos.
A inflação que irá surgir em breve, como todos sabemos mais não passa do que um imposto escondido, um imposto que distorce as acções dos agentes, e ao ser um imposto distorcionário, em nada favorece a eficiência do sistema económico e portanto atrasa a recuperação da economia.
Para além, como sabemos, estas ajudas financeiras foram financiadas também por recurso à dívida pública, criando défices já de si gritantes, e que têm vindo a accionar o alarme do lado da União Europeia. De facto, se como se espera, dentro de uns anos, a dívida pública da União exceder os 100% do PIB, pode-se antever fortes dificuldades no acesso ao crédito por parte dos Estados-Membros, e esse acesso só será obtido mediante custos de financiamento elevados.
Ora isto irá obrigar aos agentes o apertarem o cinto, no momento de crescer.
As medidas de salvação evitaram de forma artificial que as economias batessem no fundo, mas são essas mesmas medidas que evitam que as economias comecem a crescer de forma sustentável. Enquanto as gerações futuras não pagarem a factura destas medidas, o crescimento económico será fortemente condicionado por isto.
Que não seja mal interpretado: não está em causa se vamos sair da crise, concerteza que iremos sair da crise, a grande questão é quando e com que custo.
Provavelmente iremos chegar à conclusão que se as medidas de suposta salvação não tivessem sido empregues, teríamos saído rapidamente da crise e com danos apenas nas áreas que fracassaram e que mereciam ser alvo de reestruturações e de reformas, algo que não será feito de todo, devido à ocultação provocada pelas medidas adoptadas.
Se ao menos as medidas tivessem tido por objecto, projectos produtivos...

Mundo insatisfeito com o sistema capitalista




Hoje vi um título de jornal, que dizia "Mundo está insatisfeito com sistema capitalista", defendendo uma maior regulação financeira.

Meus amigos, o problema não está na regulação financeira, está no facto de não existir mercado livre, nem liberdade de escolha. Por exemplo em Portugal, temos a CMVM e Banco de Portugal, que como toda a gente sabe e é público, os seus dirigentes são pagos a peso de diamantes. Toda a gente tinha conhecimento do que se passava em alguns bancos, então o BCP... só não via quem não queria e... claro que a regulação falhou. A regulação está feita para dar a ilusão de controle, a ilusão de que estamos seguros e há alguém de olho. Quem devia estar de olho era cada um de nós e o mercado que premia-se a gestão mais correcta e mais conservadora. Pensem comigo, acham correcto a maior parte das pessoas perder mais tempo a escolher um televisor, do que um banco onde colocar o capital? Quantas pessoas conhecem que, ao fazerem um crédito habitação não perderam tempo em consultar todos os bancos do mercado à procura da melhor taxa? Mas para escolherem um televisor... aí leem e consultam tudo. Depois quando corre mal, culpam a regulação que falhou. Quem falhou foi cada um de nós que não premiou o melhor banco, e a melhor gestão. Digo banco, mas podia estender a lista a muitas outras coisas.

Um exemplo claro, dos interesses por detrás das "regulações", foi o facto de Tim Geithner, actual secretário do tesouro americano, ter falhado completamente na regulação do mercado, quando tinha inúmeras pessoas, inclusive o senador Ron Paul que já o vinham a avisar do que se iria passar. Como prémio, o salvador Obama, deu-lhe a recompensa de o eleger o responsável máximo pelo tesouro americano... Quando falhou redondamente na tal "regulação".

Não há mercado livre, a regulação é uma fantasia, para dar a ilusão de controle. Para dar a ilusão às pessoas de que há alguém muito atento a protegê-las... Mas caros leitores, é a mesma coisa do que pôr uma raposa a vigiar o galinheiro. Vamos é lutar pela liberdade, coisa que infelizmente não existe.

Amanhã vou colocar um vídeo excelente, do grande George Carlin, onde ele fala sobre quem realmente controla os estados. IMPERDÍVEL.

Afinal para que serve o Estado em Portugal?


Hoje mais uma vez, quando vinha do trabalho para casa, deparei-me com um pedido no comboio. Pedido não será a palavra mais correcta, mas sim peditório.
Não prestei muita atenção, mas julgo que era para o combate à Sida. Donde mais uma vez me recordei que em Portugal a principal função do Estado, a de redistribuição de riqueza e a de "acudir" aos pobres e oprimidos não está a ser cumprida.
De facto, a partir do momento em que se junta a Liga Portuguesa contra o Cancro, a Liga contra a Sida, o Banco Alimentar contra a fome, entre outros, sinceramente começo-me a interrogar se o Estado mesmo numa das unicas vertentes em que não pode ser substituido pelo mercado, estará a fazer um trabalho decente.
Não tenho nada contra estes peditórios que aliás só demonstram o meu ponto que de facto não estar a ser alocados recursos suficientes nesta tarefa, mas parece-me injusto pedir à classe média que para além de pagar os seus impostos para supostamente contribuir para a providência social, que tenha que se sentir quase na obrigação de contribuir adicionalmente para outras providências sociais.
Afinal para onde estão a ir os nossos impostos?
Daí que de facto entenda em parte que muitas vezes as pessoas que dão a cara por estes peditórios tenham que ouvir como resposta algo do género: "Vai pedir ao primeiro-ministro".
Enfim, fica aqui o desabafo...

Soluções para a Educação

A generalidade dos liberais, defende uma de duas formas de tirar o estado da gestão das escolas.

Na primeira, o estado dá cheques-educação à família de cada aluno que pretenda estudar. Se não me engano, foi o Milton Friedman que inventou este sistema. Estes cheques apenas poderiam ser gastos em educação, quer para pagar as propinas numa escola privada (não haveria escolas públicas), e até, eventualmente, para comprar material escolar. Este sistema asseguraria a universalidade do acesso à educação, mantendo os benefícios da competição entre as várias escolas.

Nos Estados Unidos, foi tentada uma forma deste sistema que falhou redondamente (lembro-me do caso de Filadélfia, mas há outros), porque o estado concedeu monopólios regionais a escolas privadas. Para este sistema poder funcionar, tem de haver concorrência entre as várias escolas, senão estamos simplesmente a trocar monopólios públicos por privados.

A segunda alternativa, é deixar o mercado funcionar de uma forma totalmente livre. Não seriam cobrados impostos para pagar gastos públicos com educação (porque estes seriam zero) e seria deixado às famílias o encargo de mandar os seus filhos para a escola que achassem melhor.

Os defensores desta alternativa dizem que, quando o mercado é deixado livre de interferências do estado, o resultado é que os bens e serviços, no longo prazo, tendem a diminuir os seus preços e a alcançar a generalidade da população. Por exemplo, no mercado dos relógios há relativamente pouca interferência estatal, por isso há relógios caros, mas também há relógios baratos, ao ponto de, por vezes, até os mendigos terem relógio.

Claro que a educação é incomparavelmente mais importante que os relógios, por isso, normalmente este sistema nem sequer é considerado pela maior parte das pessoas, porque se diz que a educação por ser demasiado importante não pode ser deixada para o mercado. Eu concordo que é demasiado importante, mas discordo da conclusão, o que é demasiado importante não deve ser deixado nas mãos de políticos e burocratas.

A vantagem deste formato é que o estado ficaria totalmente fora da educação, a desvantagem é que não fica assegurada a universalidade, embora a tendência de longo prazo fosse para a abrangência da generalidade da população. Para os casos mais carenciados, as instituições sociais privadas certamente prestariam um melhor serviço de educação do que essas crianças recebem hoje numa escola pública de uma zona desfavorecida.

Pessoalmente, prefiro o segundo sistema, mas caso aplicássemos os cheques-educação, já seria muito bom…

7 Colégios Católicos entre as 10 Melhores Escolas


É bem verdade que a grande maioria dos alunos destes colégios vêm de famílias privilegiadas, e que por isso partem com alguma vantagem em relação às escolas públicas.

No entanto, isso não explica tudo. Estas escolas estão verdadeiramente apostadas em educar os seus alunos, e para isso criam as condições que entendem ser necessárias para concretizar esse objectivo.

Enquanto nas escolas públicas, os professores andam ocupados a combater o Ministério da Educação, ou porque querem aumento dos salários ou contra o modelo de avaliação, etc., independentemente das suas reivindicações serem justas ou não, isto demonstra que a preocupação dos docentes não está unicamente focada na razão para a qual as escolas existem: educar os alunos. A culpa não é de nenhum professor, em concreto, é do sistema que foi criado.

A indisciplina reina, em muitas escolas públicas (felizmente ainda há alguns casos que contrariam a regra), porque hoje em dia dominam teorias ditas “progressistas”, que muitas vezes apenas se traduzem em tirar poder ao professor, que assim perde força para resolver problemas que depois se prolongam no tempo e que, num efeito de bola de neve, se vão agravando.

Às escolas públicas também lhes falta flexibilidade, porque as decisões de fundo são tomadas num escritório do Ministério da Educação (MdE) e depois são aplicadas a todas as escolas do país. O currículo é igual, quer uma escola fique em Lisboa, quer se situe numa aldeia transmontana ou numa ilha dos Açores. Todas as crianças podem ser obrigadas a ter aulas de educação sexual, mesmo que vá contra a vontade dos seus pais o que é apresentado nessas aulas (aqui também se pode falar da matéria de algumas disciplinas). As regras são as mesmas, embora social e culturalmente haja diferenças significativas entre as várias escolas. Em Portugal, o MdE até decide a colocação de todos os professores, num sistema que, de certo, muito agradaria a qualquer burocrata soviético.

As más escolas públicas frequentemente são recompensadas com mais fundos, muitas vezes às custas de retirar recursos às escolas públicas que funcionam bem. O resultado é a manutenção das escolas más e a degradação das boas. Como as famílias são obrigadas a por os filhos na escola da sua área de residência (ou do trabalho), não têm liberdade de escolha, fazendo com que as escolas continuem a ter alunos, independentemente da sua qualidade.

Nas escolas privadas, é diferente. Os professores estão focados em educar os alunos, porque quando aceitam trabalhar em determinada escola, automaticamente estão a aceitar as regras praticadas por essa escola, nomeadamente no que diz respeito a salários e a sistemas de avaliação. Caso a escola não esteja a conseguir atrair bons professores, ou esteja a perder os bons professores que tinha, pode facilmente alterar essas regras, ao contrário do que acontece no sistema público. Além disso, os bons professores podem ser automaticamente recompensados, enquanto os maus podem receber formação para melhorarem, ou ser despedidos.

Os alunos que não respeitem as “leis” da escola têm as suas punições previstas nessas mesmas “leis”, que têm como objectivo manter a paz e a qualidade do ensino. Caso essas regras se mostrem desajustada também podem ser facilmente alteradas (no ensino gerido pelo MdE já não é bem assim, veja-se a discussão em torno do estatuto do aluno).

Os pais, podem decidir que tipo de ensino querem para os seus filhos, nas escolas privadas. Se forem religiosos, podem escolher uma escola que siga a conduta da sua religião, ou se forem ateus, também há escolas privadas geridas por cooperativas independentes de qualquer religião.

As escolas privadas que não obtiverem bons resultados, terão menos procura e terão de mudar de rumo e de gestão ou ir à falência. Como vimos acima, no ensino público as escolas más são recompensadas e as boas punidas.

O leitor estará a pensar, “isto é tudo muito bonito, mas então e aqueles alunos que não tiverem dinheiro para pagar a frequência numa escola privada?” (resposta amanhã: Soluções Liberais para a Educação)