The BookDepository

Anarquia na Somália

No link, que aqui podem visitar, encontramos um relato surpreendente sobre a "experiência" de ausência de estado, na Somália, entre 1991 e 2006.

Ao contrario do que muitos esperariam, houve muitos aspectos nos quais o nível de vida da população melhorou, nomeadamente a nível de saúde, comunicações, cobertura da rede eléctrica, número de órgãos de comunicação social e educação.

Claro que não podemos comparar, o nível de vida na Somália, com o nível de vida de um país ocidental, mas podemos comparar o período de anarquia com o período socialista anterior, e podemos comparar a Somália com outros países da região. E nestes casos, a Somália anárquica ganha quase sempre.

O pior deste período terá sido a insegurança, devido ao poder das milícias rivais que, ao serem financiadas por governos e organizações estrangeiras, cresceram independentemente de terem uma base de apoio junto da população, e de lhes prestarem um bom serviço de segurança. Pelo que, até neste ponto o que falhou pode ter sido devido à intervenção estatal (externa).

Por outro lado, o regime deposto em 1991 era uma ditadura brutal de cariz socialista, pelo que não é certo se o nível de insegurança terá piorado para a generalidade da população. Para alguns grupos perseguidos pelo estado, terá melhorado, certamente.

Quotes interessantes:
- "[t]he data suggest that while the state of this development remains low, on nearly all of 18 key indicators that allow pre- and post-stateless welfare comparisons, Somalis are better off under anarchy than they were under government." Peter Leeson

"corruption is not a problem, because there is no government…We build the airports and we service the airports and we only fly when we are sure it's safe." Mohammed Yassin Olad, proprietário das Daallo Airlines

Orçamento de Estado 2010


Depois de "intensas" negociações, finalmente parece haver um Orçamento de Estado para 2010.

Ao que parece, estão inscritas algumas privatizações, aumento dos funcionários públicos, em 0,8% (valor previsto para a inflação), só pode ser admitido 1 funcionário para a administração pública quando saírem 2, o investimento público vai diminuir.

Parecem ser todos pontos positivos e pecam por não serem muito mais radicais, o que permitiria uma redução substancial da despesa e do peso do estado na economia, e de uma diminuição importante nos nossos impostos. Esta sim, seria a melhor maneira de sairmos da estagnação dos últimos 10 anos, e conseguirmos um crescimento económico duradouro e sustentável.

Mas para um governo socialista, numa Assembleia da Republica com 5 partidos socialistas, não se pode ser demasiado exigente. Mais vale, o socialismo light do que o do PCP ou BE...

PS 1 - Claro que eles só apertam o cinto, porque os credores assim o obrigam. Benditos credores!

PS 2 - Acho engraçado um orçamento anual apenas ir ser apresentado quando já decorreu 1 mês desde que o ano começou. Qualquer empresa que funcionasse assim, não iria aguentar muito tempo, mas como o estado consegue financiar-se facilmente, através dos impostos que nos cobra, pode continuar a ter esta forma de actuar.

PS 3 - Vi vários jornais, na TV e até políticos, falarem de "orçamento para o país". Correcção: o país é muito mais que o estado, o país não tem orçamento porque é composto por 10 milhões de indivíduos independentes, mais milhões de empresas, fundações, etc., por isso não faz sentido falar em orçamento do país. Mas é normal que, quando o estado tem um papel tão grande no país (um verdadeiro Leviatan), haja este tipo de confusão.

Como o salário minimo está a destruir a economia portuguesa


Infelizmente, Portugal sofre de um mal parecido com o da Samoa Americana, mas enquanto o mal dos Samoanos foi infligido por políticos americanos, que se encontram a milhares de quilómetros, o nosso também foi feito por políticos demagogos, mas que são portugueses.

Tal como escreve o professor César da Neves:

"O pior da situação económica actual é sem dúvida o drástico aumento do desemprego que ultrapassou máximos históricos. Em particular os trabalhadores pobres e não especializados têm sido mais atingidos. Dado que ao mesmo tempo se verifica uma deflação, com descida de preços que só por si aumenta o valor dos rendimentos, o mais elementar bom-senso recomenda moderação salarial para proteger os postos de trabalho que se mantêm. Em vez disso, o Governo decidiu a medida bombástica de aumentar o salário mínimo para 475 euros. Como vem na sequência de subidas anteriores, o nível é hoje 27% superior ao de 2005, mais de 17% em termos reais. É inacreditável que pessoas responsáveis apresentem essa medida como um esforço governamental de justiça social. De facto o Estado não paga um cêntimo desse salário mínimo. O que faz é apenas proibir os empregos que paguem menos. Para os trabalhadores que se mantêm a trabalhar há ganhos. Mas quantos vão ser forçados ao desemprego ou à clandestinidade por esta decisão supostamente benéfica? Em momento de recessão e deflação a proposta raia a loucura e fazer experiências com pessoas pobres é infâmia. A subida do salário mínimo constitui o maior atentado das últimas décadas às classes desfavorecidas."

Como é que o salário mínimo está a destruir um país

Este vídeo é de visualização obrigatória para se entender como é que a imposição de um salário mínimo é uma medida garantida de desemprego e ineficiência.

Este caso é REAL e está a acontecer nos dias de hoje na Samoa Americana, onde os residentes desse país estão a ser impedidos de trabalhar por causa da legislação de um salário mínimo, que apenas é uma medida política e populista, que cria desemprego e ineficiência no país que o adopta.


Recuperação? Utopia meus caros.

Numa altura que o nosso primeiro-ministro diz aos sete ventos que fomos dos primeiros com crescimento positivo, (claro que quase que chorei a rir), vem um artigo que fala sobre o falhanço total do Reino Unido em ter saido da crise e todas as medidas de combate à crise falharam redondamente, como neste site vinhamos a dizer que iria acontecer (artigo aqui).

As medidas Keynesiana que os políticos tanto gostam, já que é uma teoria que se ajusta aos seus intuitos, espalhar dinheiro no ar e upssss caiu no bolso dos amigos lobbistas por coincidência. Já chega de aldrabices e de pegarem na teoria Keynesiana como se fosse a salvação do mundo. Essa teoria está a conduzir o mundo à miséria e digo mais... Portugal não dou mais de 2 anos para pedir a insolvência como a Grécia irá pedir daqui a uns tempinhos. Vejam o vídeo e percebam as diferenças. Já é tempo das pessoas aplicarem o seu tempo a estudar alguns assuntos que lhes dizem respeito e não deixar o seu futuro atirado a políticos e depois queixarem-se deles. Vivemos tempos críticos e determinantes, mais do que a maioria pensa. Quando daqui a umas semanas ou meses os mercados mundiais financeiros se afundarem novamente como em 2008, mas desta vez pior, é que irão acordar. Será bom acordarem antes para se precaverem. Podem ainda acompanhar análises financeiras no nosso outro site financeiro em midasfinancialmarkets.blogspot.com

Desta vez, não se deixem apanhar na ilusão, está na altura de se acordar do pesadelo que é um mundo gerido por políticos.


(Des)Emprego 2010


Mais uma vez o governo tira da cartola uma medida que é muito boa para o marketing mas que, na prática, apenas nos deixa globalmente mais pobres e não ajuda à criação de emprego produtivo, em Portugal.

Com a Iniciativa Emprego 2010, o estado incentiva as empresas a contratar mesmo que isso não crie riqueza para a economia, ao contrário do que acontece quando o mercado funciona livremente.

Como o estado paga 65% do salário (para empresas privadas com fins lucrativos), destes estágios, e as empresas pagam 35%, pode suceder a seguinte situação: para um salário de 1000 Euros (para simplificar as contas), a empresa apenas paga 350 Euros, com o restante pago pelos nossos impostos. Se a produtividade do trabalhador levar à criação de riqueza no valor de 400 Euros/mês, a empresa faz bem em contratar, porque ganha 50 euros/mês, no entanto, o custo para a economia de ter aquela pessoa a trabalhar é de 1000 Euros, ou seja, com isto houve uma destruição directa de riqueza no valor de 600 Euros.

Como os 650 Euros pagos pelo estado foram "angariados" através de impostos, a destruição de valor no sector privado foi superior a esses 650 Euros (quem não perceber como isto acontece pode ver vários posts sobre o assunto neste blog).

Com esta destruição de riqueza, muito dificilmente, o programa irá criar mais empregos do que destrói, pelo que, até no seu objectivo mais directo, vai acabar por ter o efeito contrário do pretendido (tal como acontece "quase" sempre com este tipo de intervenções por parte do estado).

A única parte boa nesta iniciativa, é a baixa de impostos, para algumas situações, só é pena não ser para todas as contribuições para a segurança social de todos os trabalhadores, acompanhada de uma redução da despesa pública (sem ir buscar a receita perdida aumentando outro imposto qualquer). As empresas, agradeciam. Os desempregados, que arranjariam emprego produtivo e sustentável, agradeciam ainda mais.

Para terminar fica só o paragrafo que resume os resultados da iniciativa semelhante, em 2009:

"Dados sobre a execução da Iniciativa Emprego 2009 mostram que, no final de Setembro, os apoios à contratação sem termo e à redução da precariedade entre adultos e grupos específicos abrangeram apenas 644 pessoas, em vez das 12 mil previstas. Já os apoios aos jovens abrangeram 5.500 pessoas, face às 20 mil previstas."

Banco Central da China Aumenta Taxa de Reservas dos Bancos

Cuidado, quando os bancos centrais começam a tomar medidas, como aumentar taxas de reserva dos bancos comerciais ou aumentar as taxas de juro, para controlar a inflação, é quando começam a rebentar as bolhas formadas pelas taxas de juro artificialmente baixas.

Já tenho visto vários artigos na internet a advertir que na China se pode estar a formar uma bolha gigantesca, que terá sido ampliada com os "estimulos" dados durante a crise.

Boa parte do optimismo de alguns economistas e políticos, em relação a uma recuperação económica já em 2010, acenta no forte crescimento dos países emergentes. Portanto, se a bolha rebentar na China, nós também vamos sentir os efeitos...

Porque é que não estamos no começo de uma grande recuperação económica!

Segue um quadro comparativo entre a situação entre Agosto de 1982 (quando a economia americana bateu no fundo da recessão da altura) e final de 2009, retirada daqui, que põem em causa as notícias dos meios de comunicação social e a sustentabilidade das subidas registadas nas bolsas, no ano passado.


Nota: em 1982, o Fed (apoiado pelo presidente Reagan) seguiu uma política que levou ao aumento das taxas de juro, acelerando a liquidação dos maus investimentos (essa é a função das depressões), libertando recursos para actividades geradoras de riqueza, dando início à pujança económica americana dos anos 80. Em 2009, a política foi muito diferente.

A Piada de Começo de Ano 2


Vem hoje no DN, que o primeiro ministro espanhol recebeu 3 "sábios"socialistas para debater soluções para a crise: Jaques Delors, Felipe Gonzalez e Pedro Solbes.

Depois do (pouco, nenhum) sucesso que está a ter no combate à crise, em Espanha, onde o desemprego atinge quase 4 milhões, Zapatero quer dar conselhos ao resto da Europa.

Também acho muito interessante, Felipe Gonzalez estar entre estes "sábios". Se bem me lembro, quando ele era primeiro ministro, a taxa de desemprego espanhola andava permanentemente acima dos 20%.

Isto só pode ser uma piada de muito mau gosto! Para completar o ramalhete, só faltava o Socrates!

Apenas espero que nenhum outro governante leve as piadas saídas da reunião muito a sério...

A piada de começo de ano




Para começar bem o ano, vem o Bernanke, a personalidade do ano de 2009 por uma revista conceituada, dizer algo completamente ridículo, e uma piada de mau gosto, tendo em conta o que a Fed realmente fez e continua a fazer, tendo um papel fundamental na crise que se vive nos EUA e um pouco por todo o mundo.


Isto, caros leitores, é uma completa piada. Vejam o vídeo onde o Bernanke falhou completamente as previsões em 2007, o que levou milhões de pessoas e milhares de empresas que acreditaram no que esse senhor dizia a perder tudo. Porque é que se continua a dar credibilidade a alguém que já provou vezes sem conta que não entende esta crise e está a fazer tudo para a piorar. Acho incrível.