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8 medidas drásticas do FMI para Atenas

Tal como dizem no artigo, a situação portuguesa é um pouco menos grave que a grega, mas podemos vir a ter de aplicar pelo menos uma parte daquilo que o FMI está a impor à Grécia. É o preço do despesismo!

Eles e Nós


"ELES" endividam o país com políticas despesistas, agora querem que "NÓS" nos unamos para pagar!


Estas medidas, muito provavelmente, são sobretudo aumento de receitas (mais impostos).

Se querem mesmo acalmar os "malvados especuladores", comecem a cortar na despesa, para níveis sustentáveis.

Se querem mesmo que voltemos a ter crescimento económico, cortem radicalmente na despesa e baixem impostos, para retirar a camisa de forças que existe à volta do sector privado, que é onde realmente se pode criar riqueza.

Será Portugal uma ditadura?


Para Ayn Rand, uma ditadura caracterizava-se da seguinte forma:

"There are four characteristics which brand a country unmistakably as a dictatorship: one-party rule—executions without trial or with a mock trial, for political offenses—the nationalization or expropriation of private property—and censorship. A country guilty of these outrages forfeits any moral prerogatives, any claim to national rights or sovereignty, and becomes an outlaw."

Vejamos como Portugal está em cada um destes pontos:

1) Governo por um partido único: temos vários partidos, nomeadamente no parlamento, onde temos 5. No entanto, todos eles defendem muitos pontos em comum, principalmente no que toca a aumentar o poder no estado na nossa vida, e nenhum deles apoia claramente a liberdade. A diferença, é que a esquerda quer mais estado na economia, enquanto a direita quer mais policia e regulamentações.

2) Tribunais fantoche, ou julgamentos encenados e execuções com fins políticos: não temos disto, felizmente, mas temos um sistema de justiça que não funciona. Isto leva a que muitos estejam, na prática, acima da lei. Muitos destes são aqueles com fortes ligações políticas, que conseguem influenciar os tribunais.

3) Nacionalização ou expropriação de propriedade privada: tirando o caso do BPN, não há nacionalizações desde o pós 25 de Abril, e as expropriações têm regras. Ainda assim, o estado tem um peso de 52% na nossa economia, e isto tem de ser sustentado com impostos (roubo legal), pagos agora ou no futuro.

4) Censura: felizmente, hoje não há nenhum órgão oficial de censura (como existiu até 1974). No entanto, ainda recentemente o estado utilizou o seu poderio económico para acabar com um telejornal incómodo, e não sabemos quantos outros órgãos de comunicação já se contiveram com medo de represálias parecidas. Por outro lado, também é conhecido que o governo privilegiava, com publicidade, alguns jornais mais "amigos".

Não se pode considerar que Portugal seja uma ditadura, no entanto, em cada um dos pontos acima há graves lacunas. Isto torna-se mais relevante ainda, quando há uns dias atrás comemoramos o chamado "dia da liberdade".

Reguladores viam pornografia enquanto economia afundava

Numa altura em que se fala muito em regulação e que isso é a cura para o problema eis que...

"Funcionários sénior do regulador norte-americano Securities and Exchange Comission (SEC) passaram horas e horas a navegar em sites de pornografia em computadores governamentais enquanto estavam a ser pagos para controlar o sistema financeiro, disse uma agência de supervisão.

O inspector-geral do SEC conduziu 33 indícios de prova contra trabalhadores que viam imagens explícitas nos últimos cinco anos, de acordo com um relatório a que a «Associated Press» teve acesso.

O relatório aponta que 31 destes indícios ocorreram nos últimos dois anos e meio, desde que o sistema financeiro quase colapsou. Segundo o mesmo, este tipo de comportamento dos funcionários viola as leis de ética do país.

Este relatório, denunciado primeiro pela ABC News na passada quinta-feira, contém ainda alguns detalhes chocantes. Um advogado sénior dos escritórios do SEC em Washington passava mais de oito horas por dias a ver e descarregar pornografia. quando o seu disco ficou cheio, gravou CDs e DVDs, que guardava no seu escritório. O funcionário terá aceite despedir-se.

Outro caso, desta vez um contabilista foi bloqueado mais de 16 mil vezes num mês por visitar sites classificados como «Sexo» e «Pornografia». no entanto, conseguiu reunir uma grande quantidade de material no disco ao utilizar as imagens do Google que permitiam passar pelo filtro do SEC. O contabilista recusou testemunhar em sua própria defesa e recebeu uma suspensão de 14 dias."
Penso que não é preciso nem comentar.

Despesa está "claramente sob controle



Teixeira dos Santos

Despesa está "claramente sob controle" e receita deve manter crescimento em Abril

O ministro das Finanças afirmou hoje que a execução orçamental demonstra que a despesa "está claramente sob controle", e que os números provisórios de Abril para a receita indicam a manutenção do crescimento registado pela primeira vez em ano e meio.
 
 
A despesa está a níveis completamente absurdos, frutos de uma política despesista e absurda feita e construída por políticos a mando dos seus amigos. Claro que agora está sob controle, a patamares insustentáveis.
O ministro esquece-se foi de dizer que a despesa está sob controle a níveis elevadíssimos e numa tendência ascendente, as receitas por outro lado estão a cair e irão continuar a cair cada vez mais, já que estão a estrangular as empresas e particulares (classe média) com cada vez mais impostos, o que é óbvio irá prejudicar o crescimento. Só na LA LA LAND dos políticos é que aumentam as tributações e se mantém tudo constante.
 
Como já vinha referindo há um ano a esta parte, os países com as políticas que estavam a seguir iriam entrar em bancarrota. Agora estamos a viver essa situação que é uma inevitabilidade, já que os políticos não entenderam esta situação nem a crise em si.
 
Às vezes em tom de brincadeira digo que o facebook está a fazer um trabalho de beneficiência nesta altura, já que com o jogo Farmvile está a ensinar às pessoas como se cultivar... e acho que no futuro próximo muitos irão ter de recorrer à agricultura para sobreviver aos primeiros tempos.
 
Políticos de barriga cheia, espero que na hora de se tirar responsabilidade de onde esbanjaram os biliões durante anos, tenhma uma boa resposta...

Milton Friedman - The Robin Hood Myth

Milton Friedman explodes the myth that government takes money from the rich for the benefit of the poor.

Islândia Medieval - Sistema de Justiça Totalmente Privado


Nos primeiros séculos após a colonização, praticamente desde 900 até 1262/3, a Islândia viveu sem a existência de um estado. Os islandeses pura e simplesmente decidiram que não precisavam de um rei, até porque começaram a colonizar a ilha para fugir da opressão do rei da Noruega.

Uma das funções, que é normalmente atribuida ao estado, é a manutenção de um sistema de justiça e a aplicação das decisões desse sistema. É práticamente consensual que, sem a existência de um estado, não é possível haver sistema de justiça, e muito menos a aplicação da justiça.

No entanto, a Islândia Medieval criou um sistema de justiça totalmente privado, que se manteve em actividade por mais de 300 anos. Aqui podem ler o artigo de David Friedman, para a revista Liberty, onde descreve em detalhe como funcionava.

É triste mas, olhando para o estado da justiça em Portugal, no principio do Século XXI, fico com alguma inveja dos islandeses de há 800 anos...

Será o principio do fim do Euro?


Aparentemente tudo parece evoluir bem para o Euro, uma vez que depois de ser conhecido o pacote de ajudas à Grécia, por parte dos países da União Europeia e do FMI, esta até conseguiu colocar mais dívida no mercado do que previa e a uma taxa de juro mais baixa, e o Euro tem vindo a ganhar terreno face ao Dólar. No entanto, a verdade é que isto pode ser o principio do fim para a moeda única.

Depois de ter vivido anos a fio acima das suas possibilidades, enganando Bruxelas nas contas que apresentava, a Grécia agora ainda recebe um prémio sob a forma deste pacote. Os incentivos que recebe para o futuro são que, quando gasta demais até é beneficiada por isso.

Os sinais para outros países também com problemas de dívidas, como Portugal (que para além de tudo também participam no pacote, obrigando-os a se endividar ainda mais), são que podem continuar a gastar à vontade porque um dia também serão salvos.

Por outro lado, embora seja supostamente independente do poder político, e não possa fazer empréstimos directamente aos países membros da zona Euro, o BCE aceita dívida emitida por esses países como garantia para empréstimos aos bancos. Nesse caso, fica com dívida em sua posse, e emite Euros a partir do ar (hoje em dia, nem precisa da impressora, basta clicar num butão e os Euros aparecem electrónicamente), ou seja, essa dívida pode acabar por originar emissão de moeda (criando inflação).

Não digo que o Euro vá desaparecer amanhã, ou para a semana, ou daqui a 10 anos, ninguém sabe. No entanto, perante estes incentivos, as perspectivas de longo prazo não são as melhores.

Artigo e entrevista Interessante - O crash de 2010




Para o homem que escreveu "O Crash de 2010", este seria o ano do regresso às imagens de profunda depressão equiparáveis às dos anos trinta do século XX. Agora, Santiago Niño Becerra acredita que a realidade está ainda pior e que as melhorias nos mercados financeiros são mera ficção.
Se saír da crise financeira dependesse das bolsas mundiais, o último ano tinha sido muito favorável. As acções norte-americanas subiram 46%, as europeias cresceram 48% e até as portuguesas recuperaram 36% do valor atingido no final de Março de 2009. Contudo, são os números do desemprego que contrastam com as melhorias financeiras. Na Zona Euro, a taxa de desemprego subiu dos 9,1% para os actuais 10% enquanto nos Estados Unidos o rácio de desempregados cresceu dos 8,9% em Abril de 2009 para os 9,7% que se verificavam agora em Março de 2010.
Há quem acredite que desemprego elevado é apenas um dos males que vão tomar a economia. Santiago Niño Becerra , catedrático de Estrutura Económica da universidade Ramon Llull em Barcelona e autor do livro "O Crash de 2010", é bem mais pessimista que a maioria dos organismos internacionais e os seus avisos esbarram com os anseios de investidores. "A crise, a verdadeira crise, quando rebentar, em meados de 2010 será tremenda, paralisante, uma autêntica queda a pique", lê-se no epílogo da obra do académico espanhol.
Agora, não é mais animador o cenário traçado por Niño Becerra para quem procura oportunidades no mercado de capitais. Em resposta às perguntas do Dinheiro, o autor acredita que ainda há muito caminho para as bolsas caírem e indica que a China está envolta em duas bolhas, financeira e imobiliária.

P: No final do seu livro "O Crash de 2010", prevê que a deflação, depressão e a verdadeira crise serão sentidas em 2010. Estamos mais perto desse cenário ou estamos a salvo agora?
R: A realidade permanece a mesma, está realmente pior, penso eu. Quando escrevi o livro, os problemas financeiros dos PIIGS [Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha] não pareciam tão perto. Acho que a economia mundial está a viver de forma assistida, como numa unidade de cuidados intensivos, à base de incentivos, garantias e promessas, e que muitas empresas estão a produzir para renovar inventários, mas o peso da dívida mantém-se e as possibilidades de ser paga são cada vez menores.

P: Depois de um terrível ano de 2008, os mercados financeiros, especialmente o mercado accionista, recuperaram. Pensa que isto é apenas uma brisa passageira ou julga que os riscos de colapso continuam?
R: Os mercados recuperaram porque os fizeram recuperar. Nada na economia real justifica estas subidas nas cotações. Por um lado, foi muito fácil para as instituições financeiras ir ao BCE [Banco Central Europeu] buscar fundos a 1% e adquirir mais dívida que rendia muito mais. Por outro, as expectativas criadas sobre a América Latina mudaram-se para a Europa sob a forma de aumento dos preços. Além disso, por não existirem alternativas certas, criaram-se expectativas fictícias. Os mercados, acredito, vão cair, pois é evidente que não é possível continuar a prolongar esta ficção.

P: Ainda acredita, como diz no seu livro, que as economias emergentes como China, Índia e os países da América Latina e África, serão os mais afectados pela crise de 2010? Quais são as suas previsões para estas regiões?
R: Sim, sem dúvida. A China está imersa numa dupla bolha financeira e imobiliária gigantesca, além disso, tem uma bomba-relógio: 1,3 biliões de dólares de dívida ligados a um modelo lento, pesado e corrupto. Na Índia, acho que há áreas com potencial, embora, tal como a China, depende fortemente do exterior, como a América Latina. África tem apenas commodities, nada mais, o que é extensível à América Latina. Por exemplo, a Bolívia. Se retirar o lítio e o gás, o que resta?

P: O ouro estabeleceu um recorde máximo em dólares, o petróleo tem estado a subir e algumas outras matérias-primas estão a ganhar terreno. Pensa que o pior para as commodities já passou, depois das quedas de 2008?
R: O ouro, excepto o que tem uso industrial, não é uma commodity, é um bem para especular. As cotações das commodities baseiam-se em dois parâmetros: o seu consumo e a especulação. O segundo foi manipulado, o primeiro tende a descer, para recuperar a partir de 2013. Mas um maior consumo vai juntar-se com a escassez, pelo que é expectável uma subida muito forte dos preços das commodities no médio prazo.

P: Se usássemos o seu livro com guião para o rumo da economia, deveríamos estar agora a entrar numa fase em que a crise parece inevitável, seguida de escassez de bens energéticos como o petróleo e o gás. Do que tem visto, o rumo está a ser seguido?
R: Penso que podem estabelecer-se regulações sobre a disponibilidade das matérias-primas, principalmente do petróleo.

P: Um dos sectores que parece ter sido poupado pela turbulência é o da biotecnologia. Este será um sector-chave no futuro?
R: Ainda não somos capazes de imaginar o progresso que a biotecnologia vai ter no futuro, não só no que diz respeito à medicina, mas, na indústria e na agricultura, e combinado com a nanotecnologia. Além disso, quando a crise estalar com toda a violência, os bloqueios éticos que existem actualmente desaparecerão, o que irá incentivar ainda mais o seu desenvolvimento.

P: Pensa que as questões ambientais e as alterações climáticas serão postas de parte em alguma altura? Países como Portugal estão a investir e a tentar incentivar o uso de carros eléctricos. Medidas como esta estão ameaçadas quando a crise se agravar, como escreve no seu livro?
R: O que entendo que será a mudança sistémica que virá com a crise será a adopção de uma postura baseada na produtividade e eficiência, sendo que os desenvolvimentos que se produzirem virão desse lado. O carro eléctrico, por exemplo, não resolve o problema do desperdício de recursos: um automóvel é um bem que está subutilizado. Usado por 1,1 pessoas por diadurante não mais de duas horas, é absurda a quantidade de aço, vidro, lubrificantes, têxtil e energia empregados na construção desse mesmo carro que se são subutilizados. O modelo baseado no transporte individual não é eficiente, independentemente de se mover a gasolina ou energia eléctrica. Penso que isto deve alterar-se. É dizer: vamos fazer um modelo de comunicação baseado na combinação das infraestruturas comuns de telecomunicações e o transporte colectivo. Em todos os âmbitos da economia.

Resultados do Intervencionismo Estatal



Intervenção estatal causadora: Reserva Federal manteve taxas de juro de referência demasiado baixas, durante demasiado tempo, após o rebentar da bolha das tecnológicas.

Seria possível num mercado livre, sem intervenção do estado? Não, se houvesse um aumento de pedidos para credito para investimentos no sector imobiliário, as taxas de juro teriam subido, levando a que muitos destes projectos nunca tivessem sido construídos. Como o Fed imprimiu moeda a partir do nada, as taxas de juro mantiveram-se artificialmente baixas.


Intervenção estatal causadora: Nacionalização da rede eléctrica venezuelana.

Seria possível num mercado livre, sem intervenção do estado? Seria possível, mas muito mais difícil. Nos privados, também podem ocorrer problemas, e a seca também teria algum impacto, mas faria sobretudo que a electricidade ficasse mais cara, não seria necessário recorrer a racionalização ou multas. Por outro lado, a oposição acusa que houve falta de investimento e manutenção.

PS: infelizmente, em Portugal, os exemplos do intervencionismo estatal também não faltam...

Seasteading


Patri Friedman é filho do anarco-capitalista David Friedman, e neto do prémio Nobel da Economia Milton Friedman, e propõem uma ideia para concretizar na realidade uma sociedade livre, que me parece um pouco louca mas que torço para que funcione. Eu, certamente, não serei um dos primeiros habitantes...

Visitem o site do instituto que ele criou, o Seasteading Institute, e formem as vossas prórias opiniões.

Poupança e Registo Ambiental

1. Por vezes na tv, vemos alguns economistas defenderem incentivos ao consumo e logo a seguir queixarem-se que poupamos pouco. Parece que não sabem que, para poupar, temos de deixar de consumir uma parte do nosso rendimento.

Estes homens do artigo, são a prova viva que no poupar é que está o ganho. 5 bilionários que vivem abaixo das suas possibilidades.


2. Muitas vezes a esquerda, principalmente a extrema esquerda, autointitula-se como a grande defensora do meio ambiente (basta ver a coligação entre o Partido Comunista e o Partido "Os Verdes"), acusando o capitalismo de destruir o ambiente.

Esta posição é interessante tendo em conta que 2 dos maiores desastres ambientais de que há memória tiveram origem na ex-União Soviética, com o acidente nuclear de Chernobil e com o desaparecimento gradual do Mar de Aral. Este último, agora a receber mais atenção devido à visita do secretário geral da ONU à região.