The BookDepository

End the Fed

Ouro Utilizado como Moeda Actualmente

Há um estado da Malásia, chamado Kelantan, que repôs em circulação o Dinar de Ouro, como moeda corrente, ao lado do Riggit, denominação oficial na Malásia, sendo o único exemplo actual, que eu conheço, de utilização de ouro como moeda.

Podem encontrar a história do Dinar de Ouro, neste site, onde também é defendido que apenas uma moeda suportada por uma commodity, neste caso ouro, mas também a prata, pode ser justificada, de acordo com o Corão. Em concreto, o Zakat, um dos pilares do Islão, deve ser entregue na forma de um bem tangível, excluindo a moeda fiduciária.

Neste link, podemos ler um discurso, onde um académico da Universidade Malaia (cujo nome desconheço), defende que os países muçulmanos deveriam adoptar o Dinar de Ouro. Não concordo com tudo, mas apresenta algumas ideias interessantes.

Não sou muçulmano (peço desculpa caso tenha cometido algum erro do que escrevi acima), no entanto, certamente confio mais num Dinar de Ouro do que numa moeda controlada pelos Bernankes deste mundo.

Algumas frases interessantes:

"A chicken at the time of the Prophet, salla'llahu alaihi wa sallam, cost one dirham; today, 1,400 years later, a chicken costs approximately one dirham.
In 1,400 years inflation is zero.
Could we say the same about the dollar or any other paper currency in the last 25 years?
In the long term the bimetallic currency has proved to be the most stable currency the world has ever seen. It has survived, despite all the attempts by governments to transform it into a symbolic currency by imposing a nominal value different from its weight."

"How are the Islamic dinar used?
1.- The Islamic Dinar can be used to save because they are wealth in themselves.

2.- They are used to pay zakat and dowry as they are requisite within Islamic Law.

3.- They are used to buy and sell since they are a legitimate medium of exchange."

"If the Zakat was obligatory by considering its substance as a merchandise, then the nisab would not be stipulated according to its value but according to its substance and its quantity, as is the case with silver, gold, grain or fruits."

Curiosidade: a palavra "dinheiro", assim como o espanhol "dinero", vêm de Dinar, que por sua vez tem origem em Denário, moeda utilizada na Roma Antiga. A primeira moeda oficial portuguesa, chama-se mesmo "Dinheiro".

Documentário

Documentário interessante, da autoria de Aaron Russo, sobre o sistema fiscal americano, a Reserva Federal e o sistema bancário.

O que pode acontecer depois do Euro?


Aqui fica um artigo interessante com um cenário possível de desmembramento da Zona Euro.

Para Portugal, ficar no Euro é o menor dos males. É melhor do que voltarmos a um novo "Escudo", porque tal como nos anos 80 (antes de haver alguma perspectiva de aderirmos à moeda europeia), muito provavelmente voltaríamos a ter um banco central pouco independente perante o poder politico, o que poderia significar voltar a taxas de inflação de dois dígitos. Ao menos, no Euro, como o BCE é controlado pelos alemães, que nunca esqueceram a hiper-inflação dos anos 20, o compromisso com uma inflação baixa é levado a sério.

O que eu queria mesmo para Portugal, embora reconheça que não é muito realista que se venha a concretizar, num futuro próximo, é que o estado se desligasse da criação de moeda, e adoptássemos um sistema de free banking.

"Freedom can run a monetary system as superbly as it runs the rest of the economy. Contrary to many writers, there is nothing special about money that requires extensive governmental dictation." - Murray Rothbard - "What Has Government Done to Our Money?"

Liberalização?

Quando vejo estas notícias, tenho 2 reacções: 1º dá-me vontade de rir porque liberalizar devia apenas querer dizer: "a partir de certo dia, qualquer empresa pode prestar este serviço/vender este bem"; 2º fico com medo, porque não vamos ter uma verdadeira liberalização, e quando correr mal vão vir as vozes do costume: "eu bem avisei, a liberalização é pior do que quando havia um monopólio estatal".

Normalmente, aquilo a que o estado chama liberalização é algo do genero:

- vender umas poucas licenças, a algumas empresas com influência política => restringindo a concorrência, que é um condimento essencial para a superioridade do mercado livre sobre alternativas estatais;

- permitir empresas privadas, mas com um quadro de regulação muito pesado, que as exclui de partes importantes do mercado => com o intuito de proteger empresas amigas do poder, ou empresas estatais ineficientes;

- fazer umas quantas parcerias publico-privadas => com todas as consequências negativas que recentemente têm sido amplamente debatidas.

Liberalizar é muito fácil, basta permitir que qualquer empresa possa entrar no mercado, sem privilégios para nenhum dos participantes. Quando houver problemas, são ultrapassados em tribunais ou através de orgãos de arbitragem previamente acordados. Não compliquem!

Entrevista a Peter Schiff

Obama

Uma semana (mais ou menos), depois do presidente americano ter passado por Lisboa, aqui fica um artigo que analisa quem ganhou e quem perdeu desde que Barrack Obama chegou ao poder.

É curioso constatar que, no geral, ganharam os que já estavam bem, e os que estavam mal, ficaram ainda pior, ao contrario do que prometia a retórica da campanha de 2008. Mas isso já é o normal, quando os auto-denominados progressistas chegam ao poder...

Inflação no Zimbabwe

Com tanto Quantitative Easing, será este o futuro dos Estados Unidos?


Irlanda

Este artigo explica bem o que está em jogo no bail out da Irlanda, o porquê da resistência ao "salvamento" europeu e o porquê dos parceiros europeus insistirem tanto.

Na minha opinião, os bancos irlandeses não deviam ser salvos. Claro que a falência dessas instituições lançaria a Irlanda (e não só) numa grave crise, mas essa crise é inevitável, mais tarde ou mais cedo, dados os incentivos dos vários agentes deste jogo, e quanto mais cedo vier menor será o seu impacto.

Os bancos ao serem salvos, depois de terem feito maus investimentos ou serem mal geridos, certamente que não têm um incentivo para melhorar. Os accionistas tiveram a confirmação do que já sabiam: os lucros são para eles, os prejuízos são pagos pelos governos, ao mesmo tempo que as suas instituições vão crescendo.

Não deixar os bancos falirem agora, apenas vai adiar e ampliar o problema.

Dinheiro dos estímulos do FED está a ser investido fora dos EUA

Isto pode explicar o porquê de, após 3 anos de taxas de juro perto de zero, ainda não ser aparente nenhuma bolha, em nenhum sector (tirando Wall Street), dentro dos EUA.

A razão é: grande parte daquele dinheiro está a ser investido no estrangeiro.

Isto também explica as taxas de crescimento de vários países emergentes, indicando que a próxima bolha se pode estar a formar aí. Quando a inflação americana começar a subir, e o Fed subir as taxas de juro, as empresas americanas vão cortar nos investimentos fora do país, ou até começar a retirar dinheiro desses países para as sedes. Nessa altura, a bolha dos países emergentes vai rebentar.

Nos anos 70/80, aconteceu algo parecido. Após anos de taxas de juro artificialmente baixas, com a economia americana estagnada, grande parte da liquidez introduzida pelo Fed foi direccionada para empréstimos a países de 3º mundo, para financiar grandes obras públicas. No principio dos anos 80, o Fed subiu as taxas de juro, levando vários desses países a deixar de conseguir pagar as suas dívidas e a declarar bancarrota, com graves consequências para as populações.

O facto de, aparentemente, não se estar a formar nenhuma bolha nos EUA é bom, porque quer dizer que não estão a ser criadas novas distorções, como a que ocorreu com a bolha do imobiliário. Não nos podemos esquecer que as bolhas são artificiais, sendo inevitavelmente seguidas por uma recessão, para além de que, no longo prazo, são um desperdício de recursos. O pior, é o governo americano não deixar o mercado ajustar as distorções automaticamente, recusando-se a encarar a realidade de que a recessão tem de acontecer, para eliminar os maus investimentos.

Petição Contra Desperdício Alimentar

Para impedir que uma lei estúpida continue a impedir muitos de aliviar a fome, sugiro que assinem a petição que podem encontrar no link abaixo:

http://www.peticaopublica.com/?pi=Cidadao

Como curiosidade, neste link encontramos posters americanos da 1ª e 2ª Guerras Mundiais, a advertir contra o desperdício de comida.

Ludwig Von Mises - Defensor do Capitalismo

Aqui fica o link para o texto do aluno de Ludwig Von Mises, George Reisman, por ocasião do centenário do nascimento do grande mestre, em 29 de Setembro de 1981, onde detalha, brevemente, as contribuições mais importantes de uma das maiores mentes, do Sec. XX.

Infelizmente, hoje as suas ideias continuam a ser largamente ignoradas, com consequencias pesadas para o nível de vida de todos nós, uma das quais é a crise internacional que começou há 3 anos, em relação à qual ainda não conseguimos ver a luz ao fundo do tunel (caso tivessemos seguido Mises, 1º esta crise não teria acontecido, 2º se só o seguissemos depois da crise começar, esta já teria acabado há muito tempo). No entanto, há sinais de esperança porque, apesar de continuarem a ser uma minoria, o número dos defensores da liberdade e do capitalismo aumenta de dia para dia, à medida que mais pessoas vão abrindo os olhos para o atoleiro, em que fomos deixados por décadas de politicas económicas erradas.

Guerra Cambial = Tiro no Pé

Ultimamente, temos visto várias notícias sobre o surgimento de uma guerra cambial, com vários bancos centrais a intervirem nos mercados com a intenção de desvalorizar as suas moedas. Normalmente, estas notícias incluem explicações sobre como estas medidas são boas para as economias, porque promovem as exportações e aumentam o emprego. Acontece que estas notícias apenas relatam uma parte da história, esquecendo o resto, tal como na "falácia dos vidros partidos".

Antigamente, um país ter uma moeda estável, que ganhava valor em relação às mais fracas, era fonte de prestígio, e terá sido sobretudo esta a razão para o Estado Novo ter sempre seguido uma política de Escudo forte.

Mas há outras vantagens, para além do prestígio. Se uma desvalorização da moeda torna as exportações mais baratas, também torna as importações mais caras, beneficiando aqueles ligados às indústrias exportadoras e prejudicando todos os consumidores de produtos importados, reduzindo o nível de vida de grande parte da população.

Em relação a aumentar o emprego, isso é mais uma falácia. O que cria desemprego, de longo prazo, são as legislações laborais rígidas que restringem os despedimentos, e, consequentemente, as contratações. Se estão tão preocupados com o desemprego, retirem estes impedimentos à criação de emprego. Alterar artificialmente as taxas de cambio, apenas criará empregos em determinados sectores, em detrimento de outros sectores, mas no global não é razão para criar empregos, por si só, no longo prazo.

Os bancos centrais desvalorizam a sua moeda, em relação às demais, através da criação de moeda, ou seja, inflação, e isso também cria outros problemas. A inflação desincentiva a poupança, que é essencial para a acumulação de capital e para o crescimento económico, no longo prazo. Além disso, afasta o investimento externo (e leva os investidores internos para fora do país), porque isso aumenta a incerteza quanto ao valor dos retornos futuros. A inflação tem também alguns aspectos verdadeiramente imorais, como por exemplo o facto de atingir sobretudo as classes mais pobres (os ricos podem proteger-se através de investimentos, ou colocando dinheiro em países com moedas fortes, possibilidades que não estão disponíveis para aqueles com menos posses), e também os pensionistas, cujas reformas não são automaticamente actualizadas quando a moeda desvaloriza.

Da próxima vez que virmos estas notícias, temos de nos lembrar de todos os efeitos negativos que estas medidas causam, e não apenas daqueles que alguns iluminados nos querem mostrar. Por esta razão, eu acho positivo o estado português já não ter, à sua disposição, a ferramenta da desvalorização da moeda, para não nos poder lixar, sem termos culpa alguma, e sem que nada possamos fazer para nos proteger. Pode, ainda assim, lixar-nos de outras maneiras, como redução forçada de salários ou aumento de impostos, mas ao menos tem de nos dizer frontalmente que o está a fazer.

O Futuro

Abaixo fica um documentário interessante sobre como algumas invenções podem facilitar a nossa vida no futuro. Este documentário tem tudo a ver com o Capitalismo: criatividade, empreendedorismo, projectar soluções para problemas, risco... Só podemos pedir que os estados não impeçam estas (e outras) inovações, através de regulações ou de mais impostos, que reduzem o incentivo à actividade empresarial.


Receita para a Prosperidade

Depois de vermos o vídeo abaixo, percebemos que Portugal andou a fazer quase o inverso da Receita para a Prosperidade, e isso explica o porque do estado em que nos encontramos (desemprego elevado, economia estagnada, pobreza a crescer, riqueza a fugir, etc.).


Os Benefícios do Capitalismo

Boa palestra, de Lew Rockwell, sobre os benefícios desprezados do Capitalismo.

Debate Sobre Orçamento

Um dos poucos debates sérios sobre o Orçamento proposto pelo governo. Gostei particularmente da forma descomplexada como falaram de um eventual chumbo deste péssimo orçamento, e como não será o fim do mundo. Aqui fica, o "Plano Inclinado" do passado Sábado, para aqueles que possam ter perdido (vale mesmo a pena ver):

Orçamento de Estado 2011


Tal como já era esperado, o governo continau a brincar com os portugueses, demonstrando a sua verdadeira face socialista. Apesar de todas as promessas, a primeira proposta para o Orçamento de Estado 2011 praticamente só tem aumentos de impostos, com muito pouco no que toca a reduções de despesa.

Optam pelo caminho mais fácil, para eles (mais difícil, para nós), no que é apenas mais um passo em direcção ao abismo.

Quem Vê TV Sofre Mais Que No WC

Era assim que os portugueses se sentiam em relação à TV, nos tempos em que o estado apenas permitia a existência da televisão pública. Aqui fica o vídeo com a música dos Taxi:



PS: não quer dizer que eu goste de tudo o que a televisão privada faz, mas pelo menos não sou forçado a pagar pela sua existência (ao contrário do que continua a acontecer com a RTP, que ano após ano continua a registar prejuízos enormes).

O sonho americano MORREU... long live the fraud...

Não vou comentar, deixo o que está no vídeo falar por si... não vou falar pois tal é a repugnância pelo que os bancos americanos e políticos americanos estão a fazer a milhões e milhões de pessoas, criando o ambiente perfeito para o maior roubo da história. Não é de admirar que hoje em dia 1 em cada 8 americanos adultos e 1 em 4 crianças estejam a Food Stamps... Vejam o vídeo e verifiquem o que os bancos e políticos em parelha são capazes. American Dream has died... watch out war...

The daily show with John Stewart - Foreclosure Crisis




A ilusão do Bom Governo

Apropriado para o dia 5 de Outubro:

Dieta do Estado

O único ponto onde discordo, neste artigo, é quando diz que a dieta do estado deve demorar 2 legislaturas: a dieta deve ser permanente porque, o dinheiro que muito custou a ganhar, aos contribuintes, nunca deve ser um brinquedo para políticos e burocratas.

A Verdadeira Razão para a Subida das Bolsas

O Zero Hedge demonstra como foi feito aquilo que já muitos suspeitavam: os fortes ganhos da bolsa americana, em Setembro, não se deveram a uma melhoria na economia real mas a injecções de dinheiro, por parte do Fed.

A comprovar esta evidência, estão as subidas nos preços do Ouro e de outras commodities, e a desvalorização do Dólar contra moedas como o Euro ou o Yuan. Podem ser os primeiros sinais da inflação que se aproxima, nos EUA.

O Fim do Euro?

Elevada Procura Será Sinal de Confiança na Dívida Portuguesa?

Segundo o secretário de Estado do Tesouro, apesar dos spreads serem preocupantes, o facto de ter havido procura mais que suficiente, para colocar toda a dívida emitida, é sinal de confiança dos investidores.

Eu, obviamente, não concordo, e acho que só há 2 razões para a procura não ser muito menor e para os juros não terem disparado para níveis inimagináveis.

Primeiro, o Banco Central Europeu continua a comprar dívida pública de vários países em apuros, entre os quais se encontra Portugal.

Segundo, os investidores acreditam que quando o Estado Português não pagar a sua dívida, alguém a pagará, ou o BCE, ou a Alemanha, etc..

Nenhuma destas razões me parece ser confiança, dos investidores, em que Portugal vá pôr as contas em ordem.

Os Novos Conservadores

Este artigo de opinião, vem mais uma vez demonstrar como a esquerda se transformou, de progressista (segundo os próprios esquerdistas) em conservadora. Hoje, concentra-se sobretudo em defender as alegadas “conquistas sociais” (na minha opinião, os “beneficiários” perdem mais do que ganhariam num verdadeiro sistema capitalista) e grupos de interesse, como os funcionários públicos (que já são, no geral, dos cidadãos com mais direitos da nossa sociedade).

O programa do PSD, continua a ser estatista e não é o que eu defendo, embora o considere um avanço em relação à situação actual, porque dá mais liberdade aos pais, na educação, e aos utentes, na saúde. No entanto, não pretendo defender o programa do PSD, mas antes mostrar como, o conservadorismo socialista do autor do artigo, é errado.

A escola pública, como existe hoje, aumenta as divisões sociais, para além de ter um nível de qualidade muito baixo e com tendência a cair. Os alunos de famílias pobres, ficam obrigados a frequentar essas escolas, onde recebem uma educação deficiente, com consequências para o seu futuro, enquanto as famílias com mais posses podem enviar os filhos para escolas privadas, onde vão receber uma formação que lhes dará oportunidades a que os restantes dificilmente terão acesso. Na saúde, a situação é idêntica, com os pobres obrigados a esperar horas em filas de espera, nas urgências, ou meses à espera de uma operação, enquanto os ricos podem pagar por um serviço superior, que nunca estará disponível para os mais desfavorecidos.

Antes do 25 de Abril, de facto havia muitos analfabetos e o acesso à saúde era reduzido, mas grande parte da culpa era do próprio estado que restringia o aparecimento de privados a oferecer esses serviços, para proteger as escolas e hospitais já existentes da concorrência, muitos deles públicos, pertencentes à Igreja, ou a grupos com ligações ao poder (ainda no outro dia li algures, sobre o caso Feteira, que o senhor quis fazer um hospital psiquiátrico, em Portugal, que foi chumbado pelo estado novo).

Na América, em meados do sec. XIX, ainda não havia leis a obrigar a frequência escolar, nem havia escolas públicas, em muitos estados, no entanto, como também não havia leis a restringir a oferta de serviços de educação, em alguns estados a taxa de alfabetização era superior a 95%. Relembro também este post, sobre escolas privadas, em favelas nigerianas.

Quando o mercado é deixado funcionar, na educação, na saúde, ou noutra área qualquer, a tendência de longo prazo é para os custos baixarem, ao mesmo tempo que a qualidade e a cobertura sobem, por acção da concorrência entre as empresas que pretendem fornecer esse serviço, porque só assim conseguem atrair os consumidores. Pode ver-se o caso dos telemóveis, mesmo com uma restrição estatal ao número de fornecedores do serviço, os preços tanto das chamadas, como dos próprios telemóveis, baixaram, ao mesmo tempo que o serviço melhorou (não é perfeito, nem nunca será, mas não há dúvida que melhorou), quase todos os portugueses têm pelo menos 1 telemóvel (quando apareceu era um bem de luxo, hoje é banal), e é um sector marcado pela inovação. No sector público, acontece o contrário (lei de Gammon).

Se calhar, vivemos num país pobre precisamente por termos demasiados políticos, e intelectuais, conservadores de esquerda, porque os países/pessoas/famílias pobres são os que mais beneficiam com a liberalização das economias, e os que mais perdem com o socialismo.

"If I were (...) told I would have grandchildren who might be poor, and I wanted to protect their lives, I would surely pick capitalism, not a welfare state, as their best protection. " - Walter Block

O Socialismo é um Erro

"En última instancia, el daño más perverso de la corrupción del socialismo es ese efecto mimético sobre el ámbito de la acción individual. Para la gente de buena fe es muy atractivo: si hay problemas, el Estado pondrá los medios e impondrá la solución. ¿Quién puede estar en contra de conseguir un objetivo tan bueno y loable? El problema es la ignorancia que anima ese argumento. El Estado no puede saber lo que necesitaría saber para obrar así, no es Dios, aunque algunos crean que lo es. Esa creencia perturba el proceso empresarial y agrava los problemas. En vez de actuar de manera automática siguiendo principios dogmáticos sometidos al derecho, actúa arbitrariamente, y eso es lo que desmoraliza y corrompe más la sociedad. La lucha antiterrorista ilegal que se desarrolló en España durante el mandato del Partido Socialista Obrero Español (PSOE) es un ejemplo perfecto de lo que decimos. Fue un error terrible. Los principios no son un obstáculo que impida alcanzar los resultados deseados, sino el único camino que nos puede conducir hasta ellos. Como afirma un dicho anglosajón, “la mejor política pragmática es actuar atendiendo a principios”, es decir, ser honestos, siempre. Y eso es precisamente lo que no hace el socialismo, porque en su esquema de racionalización de fines y medios, creyéndose Dios, la decisión óptima es violar los principios morales.

El socialismo no sólo es un error intelectual, también es una fuerza realmente antisocial, porque su más íntima característica consiste en violentar, en mayor o menor medida, la libertad empresarial de los seres humanos en su sentido creativo y coordinador. Y como eso es lo que distingue al ser humano, el socialismo es un sistema social antinatural, contrario a lo que el ser humano es y aspira a ser."

Japão


A economia japonesa tem sido um enigma para muitos economistas, desde 1990. Por um lado, há alguma controvérsia sobre a razão pela qual, apesar do Banco do Japão ter mantido taxas de juro de referência muito baixas, desde há quase 20 anos, isso não ter causado inflação alta, enquanto, muito pelo contrário, em muitos destes anos até houve deflação.

Quando os bancos centrais querem criar moeda, a sua arma é a taxa de juro de referência. Quando colocam essa taxa abaixo daquilo que seria a taxa de mercado livre, os bancos têm mais incentivo a contrair empréstimos, que depois colocam no mercado de crédito. Porque razão isto não tem resultado em inflação alta, no Japão?

Como sabemos, os japoneses são dos povos que mais poupam, em todo o mundo. Logo, o mercado japonês de crédito teria muita liquidez resultante das poupanças elevadas, pelo que naturalmente, seria provável a taxa de juro estar a níveis baixos, mesmo sem a existência de um banco central.

Como a taxa de juro de referência se encontra muito próxima da que seria a taxa de juro num mercado livre, não tem havido criação significativa de moeda (como se pode ver no gráfico), no Japão, o que explica a inflação não ter sido um problema.

Ao contrário dos economistas monetaristas e keynesianos, eu acho que isso tem sido positivo, impedindo a criação de maiores distorções, na economia nipónica.

Por outro lado, se a politica monetária não tem tido efeito significativo, então porque anda o Japão em recessão há 20 anos?

Tal como todas as bolhas, a japonesa dos anos 80 teve origem no crédito fácil. Antes da bolha rebentar, em 1990, a capitalização bolsista japonesa era 42% da capitalização bolsista mundial, e equivalia a 151% do PNB do país, contra 29%, em 1980. O valor imobiliário do Japão, era 5 vezes o PNB, mesmo depois do crash de 1990. Em 1998/9, o mercado bolsista e imobiliário tinha perdido 80%, em relação ao auge da bolha.

Desde 1990, os sucessivos governos têm embarcado em vários pacotes de “estímulos”, seguindo a cartilha keynesiana. Por outro lado, houve vários salvamentos de alguns grandes bancos e empresas japonesas. Para os keynesianos, o facto da economia continuar estagnada, após todos estes estímulos, é prova da gravidade da recessão e de que os governos foram muito brandos nos estímulos. Isto é, obviamente, ridículo, e apenas demonstra como os seguidores de Keynes se encontram mais uma vez perdidos, sem conseguir entender o porquê do falhanço das suas recomendações.

A economia japonesa, não recuperou precisamente por causa dos repetidos planos de estímulos, que retiram recursos ao sector privado e os entregam a políticos e burocratas. Os governos não deixaram a recessão acontecer, e a recessão é o período em que a economia elimina os maus investimentos realizados durante o boom, e promove a reestruturação dos factores de produção, tendo em conta as preferências dos consumidores, sendo essencial para a recuperação total após os excessos causados pelo crédito fácil. O boom é uma situação insustentável, pelo que qualquer tentativa governamental de o ressuscitar está condenada ao fracasso e apenas impede o regresso rápido a uma economia saudável.


Infelizmente, esta é uma lição que muito poucos políticos estão dispostos a aprender, quer sejam japoneses, portugueses, americanos, etc., porque seria admitir que nós não só não precisamos assim tanto deles, como estaríamos bem melhor se eles tivessem um papel muito mais reduzido, nas nossas sociedades.

Krugman Still Wrong After All These Years


O nosso primeiro ministro, que foi eleito o 2º homem mais poderoso da economia Portuguesa (o que é muito preocupante visto que o mesmo não percebe nada de economia), diz que as medidas Keynesianas é que safaram isto. Claro está é que as políticas Keynesianas, adoradas pelos políticos, pois dizem gastem gastem e mais gastem, são as que levaram isto tudo à bancarrota, como este blog previu há 1 ano atrás, logo na sua inauguração. Aqui fica um artigo interessante:

http://globaleconomicanalysis.blogspot.com/2008/12/krugman-still-wrong-after-all-these.html

Inflação Começa a Subir


Em Agosto, a taxa de inflação foi de 1,9%, em relação a Agosto de 2009, em Portugal, segundo o INE.

Caso se confirme, nos próximos meses, a continua subida da inflação, e que isto ocorre de forma generalizada em toda a Zona Euro, o BCE terá cada vez menos espaço de manobra para manter as taxas de juro a 1%.

Quando as taxas de juro reais do BCE sobem, este diminui a emissão de moeda para os mercados de crédito, deixando de suportar actividades que foram iniciadas e/ou mantidas artificialmente (em detrimento de outras que o mercado preferiria, para responder às necessidas dos consumidores, expressas através da relação entre os preços dos bens e serviços da economia, das matérias primas, etc.).

No início dos anos 2000, as taxas de juro foram artificialmente baixadas, para impedir a recessão que se seguiu ao rebentar da bolha das empresas tecnológicas. De facto, aquela recessão demorou "apenas" uns 2 anos, mas o mercado de crédito, inundado de liquidez, deu origem à bolha do mercado imobiliário.

A bolha do mercado imobiliário rebentou, quando os bancos centrais começaram a subir as taxas de juro, para manter a inflação sob controlo. Com a subida dos juros, muitos proprietários deixaram de conseguir pagar os seus empréstimos aos bancos.

As taxas de juro artificialmente baixas, desde 2008, não deram origem ao começo de novas actividades, mas evitaram, por um lado, o desaparecimento de uma boa parte do sector financeiro, que durante a bolha tinha tomado riscos excessivos, e, por outro, a falência de alguns estados (parte dos riscos excessivos dos bancos foi precisamente comprar demasiada dívida pública de certos países).

Quando o BCE cortar na linha de liquidez, o resultado pode vir a ser o descalabro dos bancos zombies e a bancarrota de alguns estados.

Como sabemos, tanto os bancos portugueses, como o nosso estado, estão altamente dependentes dos empréstimos do BCE, pelo que, caso este cenário se confirme, Portugal pode ser dos países mais afectados.

Se o BCE não subir os juros, para controlar a inflação, o resultado será, no limite, uma hiperinflação. Mas não me parece que os alemães vão permitir que tal aconteça, depois da experiencia dos anos 20 do sec. XX.

PS: Na minha opinião, não faz sentido exlcuir energia e bens alimentares dos indices de preço dos consumidores, e a verdadeira razão pela qual os bancos centrais gostam destas exclusões é porque podem apresentar números mais baixos para a inflação, mascarando a realidade. Normalmente, estes bens são precisamente os primeiros a registar os sintomas da inflação.

Ministro russo pede que cidadãos bebam e fumem

Aqui está uma forma original de tentar resolver problemas de finanças públicas. Mesmo que o consumo em excesso de álcool tenha alguma responsabilidade na morte de centenas de milhar de russos por ano, mas isso interessa para quê, quando o estado recebe mais dinheirinho?

Qualquer dia, o Teixeira dos Santos pode fazer um pedido parecido, com a vantagem adicional de assim também nos alhearmos do rumo há muito tomado por Portugal.

Infelizmente, este tipo de argumento pode ser o mais fácil de ser compreendido pelos estados, em relação a temas como a liberalização de drogas ou da prostituição. Argumentar que são trocas consensuais entre adultos, não deve surtir efeito para senhores com mentalidades deste género.

5 Milhões de Portugueses Vivem de Dinheiro do Estado



Perante isto, há poucas dúvidas em relação à insustentabilidade da nossa situação. Também já passamos, há muito, o ponto em que ainda podiamos inverter o rumo sem dor significativa.

Os cenários mais catastrofistas que podemos ter, no curto prazo, são: (1) acabamos nós com esta palhaçada rapidamente, e há uma revolta, ou (2) deixamos andar, até serem os credores a acabar com a palhaçada, e há uma revolta ainda maior.

No entanto, pode haver outro cenário. O FMI intervém, os nossos políticos (verdadeiros culpados por esta situação), culpam os malvados especuladores e o próprio FMI pelas dificuldades por que vamos passar, e daqui a umas décadas voltamos ao mesmo.

Por isso, os cenários catastrofistas até podiam ter algumas vantagens, no longo prazo, ao obrigar-nos a encarar a realidade, apesar de serem muito dolorosos a princípio.

Quantos Empregos Foram Realmente Destruídos desde que Começou a Recessão?

O Zero Hedge faz uma análise interessante que dá uma estimativa para esta questão, para lá da "magia" dos números oficiais, no caso dos EUA.

Seria interessante saber uma estimativa do genero, em Portugal, porque ninguém acredita que o número real de desempregados seja de apenas 600 mil. Infelizmente deve ser muito superior...

Why Yesterday's ISM Was Likely Wrong

Mesmo quando há dados oficiais aparentemente bons, são tão estranhos que surgem logo muitas dúvidas...

Rosenberg Explains Why Yesterday's ISM Was Likely Wrong, To Be Revised

Esta é que é a Piada do Ano

Portugal emite dívida a mais para impressionar investidores

Há algum tempo que não via uma notícia tão estúpida, e isto numa época em que não têm faltado notícias estúpidas.

Se queriam impressionar alguém, emitiam era menos dívida.

Isto é tipo uma criança que se envolve em cenas de pancadaria com outra e diz: "Viste, deixei-te dar-me todos aqueles murros para te mostrar que aguento!".

Deixo uma pergunta ao "estratega em obrigações" do Commerzebank: será para impressionar ou será descontrolo orçamental????

Confrontos em Moçambique

Este é o resultado inevitável quando os políticos são obrigados a encarar a realidade (neste caso, subindo os preços tabelados da água e electricidade), e acabando por defraudar as falsas expectativas criadas junto da população, normalmente com fins eleitorais.

Nos mercados livres, a tendência é para os preços descerem por causa da concorrência, que obriga as empresas a procurar formas mais eficientes de produção, para disponibilizarem preços mais baixos que as empresas rivais, além de tentarem aumentar a qualidade.

Quando há empresas privadas com posições monopolistas, protegidas pela lei (os monopólios resultam quase sempre de protecções dadas pelo estado), como parece ser o caso da Águas de Moçambique, de acordo com este link, ou quando há empresas públicas, como é o caso da Electricidade de Moçambique, que nunca podem ir à falência porque o estado injecta mais capital para as salvar, incentivando a ineficiência, a tendência é para os preços subirem enquanto a qualidade baixa.

Eventualmente, os politicos podiam manter os preços tabelados da água e da electricidade, mas teriam de cobrar impostos para cobrir o buraco, criando uma injustiça porque estariam os contribuintes a pagar aos consumidores. O problema é normalmente o buraco tender a crescer, porque os preços baixos promovem a procura e desincentivam a oferta, até se tornar insustentável.

Outra explicação possível, é o banco central de Moçambique andar a criar inflação (não estou a dizer que está a acontecer, apenas que é uma possibilidade). A inflação é um imposto, a diferença em relação aos outros impostos é que apenas damos conta que existe quando vemos o aumento do nível geral dos preços, nomeadamente nos bens de primeira necessidade.

Se os políticos tivessem deixado o mercado funcionar nas últimas décadas, provavelmente os preços seriam mais baixos em relação aos tabelados actualmente, mas isso significaria abdicarem de muito do poder que hoje detêm.

Um dia destes, não me admira que haja confrontos deste genero em Portugal, porque até a paciência do povo dos "brandos constumes" há-de ter limites, embora aqui o mais expectável é termos uma revolta fiscal.

Quem são os Verdadeiros Terroristas?

Subsídio às renováveis custa este ano 90 euros por consumidor







Laurence Kotlikoff : Social Security is Bankrupt

A situação em Portugal não é muito diferente...

Laurence Kotlikoff : Social Security is Bankrupt

Oposição à Mesquita em Nova Iorque é Islamofobia

Leitura Obrigatória - The Only Things That Matter… And No One Talks About

 Sobre a economia americana, mas que se aplica na perfeição à nossa. Passem aos vossos amigos e conhecidos, para se começar a conhecer a verdade da situação económica e o porquê das coisas estarem como estão. Enquanto houver a protecção da classe política porque distribui a esmola entre a população não vamos a lado nenhum e já é tempo de dizer basta enquanto é tempo.


" Today, most pundits are growing increasingly concerned that we are headed for a “double dip” recession. I think this view is idiotic as the US “recovery” was in fact nothing more than a small bounce in economy activity within the context of a DEPRESSION.

Regardless, the stooges are out again in full force proclaiming that the US economy is in trouble again (duh), that the Stimulus high is wearing off (duh again) and that the only solution is to issue more Stimulus and money printing to stop another economic contraction (WHAT!?!).

Let’s be honest here. The money printing and Stimulus DIDN’T work last time. All it did was buy time. Indeed, from an economic perspective, the only thing the Feds can claim with any certainty is that the Stimulus produced a bunch of economic data points that were questionable in authenticity (GDP, inflation, employment, etc) many of which have since been revised lower (GDP again).

If the best evidence you can come up with for justifying Stimulus spending is a bunch of accounting gimmicks, why even bother spending the money at all? I mean, if you want to measure success by just fudging a bunch of numbers, why not SAVE the money and just crank out a bunch of nonsensical data from thin air?

Indeed, why not say that we’ve got 17% GDP growth and employment of 500%? Sure our economic researchers would lose all credibility, but they’re already doing that anyway, and at least by simply making stuff up we wouldn’t be ruining the US’s balance sheet and wasting money in the process.

This real issue with US economic policy today is that no one in a position of power actually has a clue how to address the structural issues in the US economy. Either that, or they willingly ignore the obvious for the sake of career risk, choosing instead to take a “wack a mole” approach to handling economic issues: applying the same solution (spend money) to every problem that raises its head.

The fact of the matter is that the US economy, on a structural basis, is BROKEN. Starting in the early ‘70s, we outsourced our manufacturing and began shifting to a services economy (particularly financial services).  We also outsourced our wealth to Asia, OPEC, and Wall Street.

Because of this, the average American has seen his income dramatically in the last 30 years. This is obvious to anyone with a functioning brain. Forty years ago one parent worked and people got by. Today both parents work (if they can find jobs) and still can’t have a decent quality life.

THESE are the items that matter for economic growth: jobs and income. If you want people to have money for them to spend and consequently boost economic growth, they need to have decent jobs that pay them well.

However, instead of focusing on these factors, the pundits and powers that be focus on peripheral issues like stock market levels and housing prices. Don’t get me wrong, these two markets matter in terms of retirement and savings (they’re the two largest stores of wealth for most approaching retirement). But people don’t pay for goods and services using stock gains or home equity (at least not since the Housing bust).

No, people pay for things using money they make from their jobs.

Tax credits, stock market manipulation, QE… all of these solutions address asset prices, but NONE of them address income growth: the primary source of funding people need to BUY assets. Put another way, all of the Feds’ efforts have been directed towards financial speculation NOT economic fundamentals.

Until this changes, the US economy is doomed. The consumer drives the US economy and the consumer’s income is the fuel. And we’re fast running out of gas."


Parem com os estímulos ridículos

Vídeo interessante, onde Michael Pento explica o porquê de ser muito melhor abraçar agora a cura que é a palavra proibida depressão, ao invés de os políticos andarem a brincar aos estímulos e levarem o país no caminho sem volta, a bancarrota.

Uma bebedeira, que foi o período que se andou a viver durante anos, não se cura dando mais alcool... Será necessário passar pelo período de desintoxicação... mas como os políticos idiotas mentem às pessoas e dizem que o que é bom é inflação, manter os preços altos continuam a dar alcool ao bêbedo, tentando manter a farsa de que está tudo bem.

Políticos idiotas, a inflação provocada pelo crédito e dinheiro fabricado do ar no sistema só é bom para vocês, pois permite-vos cobrir as vossas aldrabices, esquemas, através da cobrança cada vez maior de impostos (preços mais altos, mais impostos conseguem cobrar)... é tempo de parar com esta vigarice, das pessoas abrirem os olhos.


A Lei de Gammon


Milton Friedman: "in "a bureaucratic system . . . increase in expenditure will be matched by fall in production. . . . Such systems will act rather like `black holes,' in the economic universe, simultaneously sucking in resources, and shrinking in terms of `emitted production.'" As he put it: "I have long been impressed by the operation of Gammon's law in the U.S. schooling system: Input, however measured, has been going up for decades, and output, whether measured by number of students, number of schools, or even more clearly, quality, has been going down."

Em Portugal, os exemplos da Lei de Gammon também são numerosos... Educação, Saúde, Segurança, Agricultura, Pesca...

Tal como o próprio Milton Friedman escreveu, "I challenge you to find more than a very exceptional counter-example".

México Debate Legalização de Drogas


Depois de quase 30.000 mortos, na guerra contra a droga e entre os cartéis, o México começa a debater a legalização parcial ou de todas as drogas.

QREN Distribui Milhões

Acho piada à forma como estas notícias são apresentadas (baseiam-se em relatórios do próprio estado): os nossos senhores, na sua infinita bondade e sabedoria, decidiram dar-nos uma prenda, e distribuíram uns milhões pela malta.

Estas notícias não dizem, é que esses milhões foram retirados da malta (ou ainda vão ser, com juros, caso tenham sido angariados com recurso a divida pública). Como é óbvio, a malta pagante e a recebedora não é a mesma, e pelo meio houve mais uns políticos e burocratas (parasitas) que tiveram de ser pagos.

Se os pagantes não fossem obrigados a desembolsar a massa, através de impostos, iriam fazer alguma coisa com ela, nomeadamente consumir naquilo que quisessem, ou poupar para investir ou para prevenir contra tempos mais difíceis, ou até podiam dar para caridade, etc. Ninguém pode dizer ao certo o que seria feito com o dinheiro, mas seria uma decisão de quem o ganhou, e não de um grupo de parasitas.

Como foi dito acima, há quem ganhe com este programas, nomeadamente os parasitas, ao conseguirem manter o tacho e justificar a sua existência, e os recebedores, muitas vezes pessoas bem colocadas politicamente, ou empresas grandes, capazes de sustentar departamentos inteiros especializados em aproveitar estes subsídios (em vez de se preocuparem em satisfazer o consumidor). Quem paga são os contribuintes, e quem beneficiaria, caso aqueles recursos não fossem retirados à economia, em primeiro lugar.

Um governo realmente bondoso e sábio, acabava de vez com este tipo de programas, cuja existência resulta inevitavelmente em deixar-nos, no global, mais pobres.

3 Vivas para o Capitalismo

Aqui fica o link para o estudo de Peter Leeson, sobre a relação entre capitalismo e desenvolvimento, nos últimos 25 anos.

"According to a popular view that I call “two cheers for capitalism,” capitalism’s effect on development is ambiguous and mixed. This paper empirically investigates that view. I find that it’s wrong. Citizens in countries that became more capitalist over the last quarter century became wealthier, healthier, more educated, and politically freer. Citizens in countries that became significantly less capitalist over this period endured stagnating income, shortening life spans, smaller gains in education, and increasingly oppressive political regimes. The data unequivocally evidence capitalism’s superiority for development. Full-force cheerleading for capitalism is well deserved and three cheers are in order instead of two."

Peter Schiff Explica o Ciclo Económico

”To explain business cycles and how they work, the boom is the problem, the bust is the solution. The boom is like an artificial high, like you take heroin, you shoot up and it makes you feel good, it’s artificial. You want to get healthy, then you have to go to rehab, detox. You go cold turkey, you go though withdrawal. The withdrawal symptoms are very unpleasant, painful but it’s necessary if you want to remove these toxins from your system and become healthy again. The same thing happens in the business cycle, when you have a central bank, same as the 1920s(cause of great depression) , you have monetary policy that is too inflationary and you create an asset bubble, you create mal-investments. And the mal-investments need to be purged. The economy needs to be rebalanced” Peter Schiff

As Nossas Doenças

Depois de muito bem descrever as nossas doenças, neste artigo, o prof. César das Neves dá aquele que também me parece ser o remédio inevitável: uma intervenção do FMI.

Tal como é dito, é o caminho de menor resistência para todos os principais intervenientes, inclusivé o governo, que assim pode colocar as culpas do apertar do cinto, no FMI.

O problema é que, com as culpas postas numa instituição estrangeira, não se punem devidamente os verdadeiros culpados, nem que fosse na memória dos eleitores portugueses, e corremos o risco de repetir os erros das últimas décadas.

A Verdadeira Guerra no Afeganistão


Vieram a público relatórios que descrevem a situação no Afeganistão, do ponto de vista de quem está no terreno, contando uma história menos optimista do que aquela apresentada pelas fontes oficiais das forças da coligação.

Os relatórios foram divulgados no site Wikileaks, e podem ser descarregados aqui. Fica também o link para a notícia do NY Times, sobre estes relatórios.

PS: há entradas muito interessantes no Wikileaks, que põem em causa outras "fontes oficiais".

Hipermercados Podem Abrir até à Meia Noite ao Domingo


É uma das poucas vezes em que concordei com este governo, mas acho que faz todo o sentido acabar com a proibição de abertura dos hipermercados, nos Domingos à tarde.

Primeiro, ao contrário do que se ouve, não me parece que as vendas das lojas tradicionais venham a ser tão prejudicadas. Num hipermercado, costuma-se fazer compras planeadas, normalmente para a semana ou para o mês, portanto neste caso o que acontece é que os consumidores passam a ter mais uma tarde na semana à sua disposição. As compras de última hora, na grande maioria, continuarão a ser feitas na mercearia de bairro, porque não faz sentido deslocar-se para comprar um número reduzido de artigos nos hipermercados, que não ficam localizados a curta distância, para a maior parte das pessoas.

Segundo, claro que, no limite, haverá algumas perdas de vendas do comércio tradicional, mas tal acontecerá porque se deu mais liberdade ao consumidor e este escolheu aquela que considerou a melhor opção. Se querem mesmo ajudar o comércio tradicional, baixem os impostos e reduzam a carga burocrática a que estas pequenas empresas estão sujeitas.

Terceiro, a nível de emprego, dado que não prevejo um impacto significativo nas vendas do comércio de bairro, pode haver alguma perda nas margens, mas que em principio deve ser mais do que compensada com a criação de postos de trabalho nas grandes superfícies, que terão de contratar alguns trabalhadores para estas horas adicionais em que podem abrir.

Quarto, penso que quem será mais prejudicado serão as cadeias de supermercados que, aproveitando-se desta proibição, abriram superfícies abaixo dos 2.000 m2 para poderem continuar abertos nas tardes de Domingo. Estes é que estão em concorrência mais directa com as grandes superfícies, e não tanto o comércio tradicional.

Quinto, se o Domingo é o dia da família, ou não, devemos deixar para ser escolhido pelas próprias famílias. Com esta mudança, apenas se aumenta a liberdade de escolha de todas as famílias, mas as famílias cristãs que queiram reservar o Domingo, podem continuar a fazê-lo, sem obrigar as outras a seguir o mesmo preceito.

Sexto, passar esta decisão final do poder central para o local, parece-me um passo no caminho certo. Se, por exemplo, uma câmara decidir contra o desejo dos habitantes locais, é mais fácil estes mostrarem o seu descontentamento, do que quando esta decisão é tomada em Lisboa, que fica a centenas de quilómetros de muitas cidades. Por outro lado, também seria simples deslocar-se ao concelho ao lado para fazer compras. (No caso de regras mais opressivas do que esta, também é mais fácil ir viver para o concelho vizinho, do que emigrar para outro país.)

Do ponto de vista de quem defende a liberdade, desta vez, ao contrário do que tem sido normal, o governo avançou na direcção correcta.

Despesa do Estado Aumentou 6,33% no 1º Semestre

Mesmo num período em que o estado se esforça para conter a despesa, esta aumenta 6,33%. Que faria se não estivesse em contenção????

É o que dá quando se vive com o dinheiro dos outros...

ASAE Inspeciona Ginásios


Os nossos amos e senhores, preocupam-se muito connosco, por isso criaram um número incontável de regulamentos sobre praticamente todos os aspectos da nossa vida, que depois são inspecionados por organismos em quem, o detentor do monopólio legal da força (o Estado), delegou essas funções.

No caso desta notícia, o alvo da inspeção foram ginásios, acusados de crimes que nem deviam ser regulados por lei, uma vez que são crimes sem vitimas ou porque, simplesmente, são leis estúpidas.

O consumo de esteróides, é o caso típico do crime sem vitimas. Um indivíduo, consciente dos riscos que corre porque não falta informação sobre o assunto, decide usar esteróides para aumentar o seu rendimento físico apesar de saber que isso aumenta a probabilidade de ter problemas de saúde, no futuro. É uma escolha unicamente do indivíduo, na qual o estado não deve intervir.

Eu, pessoalmente, não aconselho ninguém a consumir esteróides (ou drogas, por exemplo), apenas defendo a liberdade de cada um decidir o seu caminho, e isso implica, por exemplo, defender o direito à estupidez. Os seres humanos são todos diferentes, sendo inevitável que, em algumas questões, o que para uns é estúpido, para outros é perfeitamente aceitável. Por isso, não devemos impor as nossas opiniões aos outros pela força (o que acontece, p.e., quando o estado regula), mas deixar que cada um decidir pela sua cabeça.

Outra das infracções foi "reprodução ilegítima de programa protegido". Acho que não faz sentido haver patentes sobre programas de ginásio (ou sobre posições de Ioga). Isto é como registar uma patente para uma dança, e com isso impedir que outra pessoas a façam, a não ser que paguem um fee.

Já agora, será que a ASAE já inspecionou algum hospital público? Ou cantinas de escolas públicas?

Produtos Financeiros Derivados


Os derivados foram declarados culpados pela crise financeira, por muitos analistas. Como já escrevi noutros posts, na minha opinião, a culpa da crise é dos bancos centrais e dos governos, e o único papel desempenhado pelos derivados foi o de mensageiro da desgraça, uma vez que com a sua alavancagem levaram instituições gigantes mais rapidamente a situações de falência, no entanto, esse resultado era inevitável dadas as condições criadas pelos verdadeiros culpados da crise.

Também acredito que muitos dos derivados sofisticados que hoje existem, são uma consequência do excesso de liquidez com que os bancos centrais mantêm o sistema financeiro inundado. Esta liquidez excessiva, cria uma desconexão, entre o sistema financeiro e o "mundo real", que é aparentemente ampliada pela alavancagem possibilitada por estes instrumentos. A desconexão existe, e isso é que leva aos problemas, os derivados apenas a mostram mais cedo e, até certo ponto, isso é positivo.

Banir estes instrumentos, ou regulá-los em excesso, não vai evitar as crises, para além de impedir alguns usos benéficos, como os relatados neste artigo.

Peter Schiff No Alex Jones Show

Mercado Imobiliário

Como se pode ver no vídeo abaixo, o mercado imobiliário americano continua fraco, temendo-se que possa voltar a haver um crash depois de 2 anos de crise, de salvarem os grandes bancos para supostamente não haver um colapso do sistema, de "toneladas" de dólares de estímulos, de 2 anos de taxas de juro artificialmente baixas (fixadas pela Reserva Federal), de vários esquemas governamentais para suportar este sector... Já era tempo de pararem um pouco para repensar as políticas.

Na última crise que se resolveu sem interferência do governo americano, a de 1920-21, a recessão demorou 18 meses. Se, na recessão de 2008, o governo americano tivesse adoptado a mesma postura, provavelmente já esta crise estava ultrapassada.

O mercado imobiliário português, também me parece que pode vir a passar por um mau bocado, devido ao inevitável apertar do crédito por parte dos bancos.

Estradas Privadas

Ainda no seguimento da discussão levantada pelo pagamento das SCUT, falei na possibilidade de estradas privadas. Abaixo fica a descrição de Murray Rothbard, sobre como um sistema de estrada privadas funcionou, na Inglaterra do séc. XVIII, e nos EUA do séc. XIX, em ambos os casos sendo essenciais para o forte desenvolvimento económico que se registou (texto retirado daqui).


"Na Inglaterra antes do século XVIII, por exemplo, as estradas - invariavelmente geridas pelos governos locais - eram mal construídas e pessimamente mantidas. Essas estradas públicas jamais teriam suportado a poderosa Revolução Industrial que a Inglaterra vivenciou no século XVIII, a "revolução" que prenunciou a era moderna. A vital tarefa de aperfeiçoar as praticamente intransitáveis estradas inglesas ficou a cargo de companhias privadas que, começando em 1706, organizaram e estabeleceram a grande rede de estradas que fez da Inglaterra a inveja do mundo. Os proprietários dessas companhias privadas eram em geral mercadores, donos de terras e industrialistas da área que estava sendo servida pela estrada, e eles recuperaram seus custos cobrando pedágios em pontos selecionados. Frequentemente, a coleta de pedágios era arrendada por um ano ou mais para indivíduos selecionados através de licitações concorrenciais. Foram essas estradas privadas que desenvolveram um mercado interno na Inglaterra e que reduziram enormemente os custos de transporte do carvão e de outros materiais volumosos. E já que era mutuamente benéfico para elas, as companhias de pedágio se interligaram entre si para poder formar uma rede de estradas interconectadas por todo o país - tudo isso resultado da iniciativa privada em ação.
Como na Inglaterra, o mesmo ocorreu nos EUA algum tempo depois. Defrontando-se novamente com estradas praticamente intransitáveis construídas por unidades governamentais locais, companhias privadas construíram e financiaram uma grande rede de estradas pedagiadas por todos os estados do nordeste americano, aproximadamente entre 1800 e 1830. Mais uma vez, a iniciativa privada provou-se superior na construção e manutenção de estradas, em oposição às retrógradas operações do governo. As estradas foram construídas e operadas por corporações privadas, que cobravam pedágios dos usuários. Essas empresas foram amplamente financiadas por mercadores e pelos donos das propriedades adjacentes às estradas, e elas voluntariamente se interligaram, formando uma rede interconectada de estradas. E essas foram as primeiras estradas realmente boas dos EUA."

Mais "Jobs For The Boys"



Esta noticia é revelante, porque mostra a critividade do governo, para arranjar jobs para os boys.

Alguns dirão, mas ao menos estão a fazer algo pela nossa economia. Eu pergunto, estarão mesmo?

Primeiro, não acredito que um instituto publico vá fazer um melhor trabalho do que uma eventual associação entre vários produtores. O instituto publico continua a existir mesmo que faça um mau trabalho, ou seja, não tem incentivos para ser bom, enquanto uma associação privada só existe se for económicamente rentável.

Segundo, se não existe uma associação porque os produtores não têm dimensão, tal como refere o ministro da agricultura, então se calhar também não têm dimensão para exportações relevantes. Muito dificilmente este instituto vai ser justificavel económicamente.

Terceiro, se económicamente não faz sentido, quer dizer que os impostos cobrados para manter o instituto vão destruir mais riqueza do que vai ser criada pelas eventuais novas oportunidades de negócio (que não seriam já criadas pelos privados).

Quarto, ao aparecer este organismo, os produtores têm incentivos a ser menos activos na sua promoção, o que implica trocarem a sua postura activa, da qual depende a sua sobrevivência, pela postura inactiva de um braço do funcionalismo publico, que continua a existir mesmo que seja totalmente ineficiente.

Este tipo de institutos era comum nos países facistas, para controlarem a economia e beneficiarem os proprietários mais proximos do poder. Mas ao que parece, esta é uma tendência recente do nosso governo...

Legalize It


A Califórnia está a ponderar a legalização do produto com maior produção agricola do estado (em volume de vendas): a Marijuana.

Infelizmente, apenas está na agenda por maus motivos: legalização para assim poderem cobrar um imposto, aumentando as receitas fiscais do estado.

O Velho Oeste - Stateless But Not Lawless

Entrevista interessante ao Dr. Tom Dilorenzo sobre o Velho Oeste, que põem em causa muitas das ideias feitas que temos.

Dr Tom Dilorenzo on Stateless but not Lawless 6/19/10 RFM

FMI: "Não há risco de nova contração da economia mundial" ???

Eu não sei se vai haver uma nova contração do PIB mundial ou não, nem quero fazer nenhum tipo de previsão, mas alguém (mesmo um director do FMI) dizer que não só não vai haver contração como nem há risco de isso vir a acontecer já me parece "esticar a corda".

Hoje, o bloco dos países ocidentais está envolto em elevado desemprego, com dívidas públicas e privadas exorbitantes, bancos centrais mantêm juros quase a zero (pode levar o PIB a crescer no curto prazo porque se formam bolhas, o que é negativo para o crescimento no longo prazo) e as intervenções estatais nas economias continuam a impedir que os recursos vão para os fins mais produtivos. Já para não falar nas recentes quedas acentuadas das bolsas, que parecem querer repetir as quebras de 2008.

Nos países emergentes, a China parece estar a adoptar uma politica monetária mais restritiva, o que pode levar ao rebentar da bolha do imobiliário chinês (o que levará a uma diminuição do PIB no curto prazo, mas se o mercado for deixado resolver o problema livremente até pode ser bom no longo prazo), e segundo alguns economistas outros países, como por exemplo o Brasil, podem estar também a desenvolver bolhas no imobiliário.

Perante isto, não sei como se pode dizer que não há risco de uma nova contracção mundial.

No vídeo abaixo, ficam as previsões de outro grande especialista:

Discurso de Soldado Americano que Esteve no Iraque

Segue abaixo discurso de um soldado que passou pelo Iraque.

Está muito bom na sua denuncia da ocupação e dos seus verdadeiros motivos. Lobbies poderosos manipulam os governos a iniciar e manter estas guerras, para manterem os seus negócios à custa da morte e do sofrimento.

Na parte final, não concordo com tudo.

Porque as SCUTs devem ser pagas


Esta trapalhada das SCUT é mais um exemplo do que acontece quando recursos escassos ficam sob controlo do estado, mesmo que indirectamente, através de parcerias publico-privadas.

Há várias questões que devem ser analisadas:

1) Na nossa sociedade, as estradas são públicas, mesmo que sejam administradas por uma empresa privada, e isso leva a que haja incentivos para os custos subirem, ao contrário do que ocorre quando o mercado é deixado funcionar livremente. Logo o custo social das portagens, e agora das SCUTs, é mais alto do que ocorreria caso as estradas fossem deixadas para empresas privadas (o preço pago pelos utilizadores pode ser mais baixo, mas tal ocorre porque os contribuintes pagam a factura). Para quem acha que isto de deixar as estradas para os privados é impraticável, têm de ler “The Privatization of Roads and Highways” de Walter Block (é um dos livros que aparece no lado direito do ecran).
2) Dado que as estradas são públicas e não se prevê que o estado vá abrir mão do monopólio, os custos de manutenção dessas vias devem ser passados para os utilizadores, sempre que possível. De um ponto de vista moral, só isto pode ser justo. Obrigar quem não passa nas SCUT a pagar (através de impostos), isso sim, é tremendamente injusto.
3) Um dos argumentos utilizados a favor das auto-estradas gratuitas, defende que estas dinamizam as economias locais. Isto é verdade, mas ocorre à custa de uma perda de eficiência da economia do país como um todo, dado que os recursos para manutenção da estrada são pagos pelos contribuintes em geral, ou seja, há um subsídio implícito do país como um todo, para uma região (e para certas actividades) em particular. Isto pode levar actividades que destroem riqueza, ainda assim, a serem levadas por diante, enquanto impede a expansão de outras geradoras de riqueza e, provavelmente, de mais emprego. Por exemplo, se a minha empresa de transportes apenas é rentável porque usufrui de uma auto-estrada paga com o dinheiro dos contribuintes, isso quer dizer que se eu tivesse de pagar todo o custo social da minha actividade a empresa teria de fechar, mas continua a laborar porque parte dos custos são pagos por actividades criadoras de riqueza (sob a forma de impostos sobre lucros de empresas, impostos sobre o rendimento, IVA, etc.), que assim são desincentivadas.
4) Quando os custos são pagos pelos utilizadores, mesmo no sector público, torna-se visível qual o verdadeiro custo e há mais pressão para que este baixe. Quando o custo fica escondido nas contas do estado, há incentivos para o descontrolo, e no final acabamos todos a pagar mais impostos sem saber porque, e sem ver benefícios equivalentes.
5) O governo pretende que as SCUT do norte do país sejam as primeiras a pagar. Isto é claramente injusto, uma vez que todas as SCUT devem ser pagas pelos seus utilizadores, sendo totalmente inaceitável que haja discriminações entre as várias regiões do país.

Atendendo a critérios de eficiência económica e de moralidade, não há justificação para manter as SCUT gratuitas. Sempre que possível, o utilizador deve ser quem suporta o custo de manutenção das estradas que utiliza.