The BookDepository

Peter Schiff Explica o Ciclo Económico

”To explain business cycles and how they work, the boom is the problem, the bust is the solution. The boom is like an artificial high, like you take heroin, you shoot up and it makes you feel good, it’s artificial. You want to get healthy, then you have to go to rehab, detox. You go cold turkey, you go though withdrawal. The withdrawal symptoms are very unpleasant, painful but it’s necessary if you want to remove these toxins from your system and become healthy again. The same thing happens in the business cycle, when you have a central bank, same as the 1920s(cause of great depression) , you have monetary policy that is too inflationary and you create an asset bubble, you create mal-investments. And the mal-investments need to be purged. The economy needs to be rebalanced” Peter Schiff

As Nossas Doenças

Depois de muito bem descrever as nossas doenças, neste artigo, o prof. César das Neves dá aquele que também me parece ser o remédio inevitável: uma intervenção do FMI.

Tal como é dito, é o caminho de menor resistência para todos os principais intervenientes, inclusivé o governo, que assim pode colocar as culpas do apertar do cinto, no FMI.

O problema é que, com as culpas postas numa instituição estrangeira, não se punem devidamente os verdadeiros culpados, nem que fosse na memória dos eleitores portugueses, e corremos o risco de repetir os erros das últimas décadas.

A Verdadeira Guerra no Afeganistão


Vieram a público relatórios que descrevem a situação no Afeganistão, do ponto de vista de quem está no terreno, contando uma história menos optimista do que aquela apresentada pelas fontes oficiais das forças da coligação.

Os relatórios foram divulgados no site Wikileaks, e podem ser descarregados aqui. Fica também o link para a notícia do NY Times, sobre estes relatórios.

PS: há entradas muito interessantes no Wikileaks, que põem em causa outras "fontes oficiais".

Hipermercados Podem Abrir até à Meia Noite ao Domingo


É uma das poucas vezes em que concordei com este governo, mas acho que faz todo o sentido acabar com a proibição de abertura dos hipermercados, nos Domingos à tarde.

Primeiro, ao contrário do que se ouve, não me parece que as vendas das lojas tradicionais venham a ser tão prejudicadas. Num hipermercado, costuma-se fazer compras planeadas, normalmente para a semana ou para o mês, portanto neste caso o que acontece é que os consumidores passam a ter mais uma tarde na semana à sua disposição. As compras de última hora, na grande maioria, continuarão a ser feitas na mercearia de bairro, porque não faz sentido deslocar-se para comprar um número reduzido de artigos nos hipermercados, que não ficam localizados a curta distância, para a maior parte das pessoas.

Segundo, claro que, no limite, haverá algumas perdas de vendas do comércio tradicional, mas tal acontecerá porque se deu mais liberdade ao consumidor e este escolheu aquela que considerou a melhor opção. Se querem mesmo ajudar o comércio tradicional, baixem os impostos e reduzam a carga burocrática a que estas pequenas empresas estão sujeitas.

Terceiro, a nível de emprego, dado que não prevejo um impacto significativo nas vendas do comércio de bairro, pode haver alguma perda nas margens, mas que em principio deve ser mais do que compensada com a criação de postos de trabalho nas grandes superfícies, que terão de contratar alguns trabalhadores para estas horas adicionais em que podem abrir.

Quarto, penso que quem será mais prejudicado serão as cadeias de supermercados que, aproveitando-se desta proibição, abriram superfícies abaixo dos 2.000 m2 para poderem continuar abertos nas tardes de Domingo. Estes é que estão em concorrência mais directa com as grandes superfícies, e não tanto o comércio tradicional.

Quinto, se o Domingo é o dia da família, ou não, devemos deixar para ser escolhido pelas próprias famílias. Com esta mudança, apenas se aumenta a liberdade de escolha de todas as famílias, mas as famílias cristãs que queiram reservar o Domingo, podem continuar a fazê-lo, sem obrigar as outras a seguir o mesmo preceito.

Sexto, passar esta decisão final do poder central para o local, parece-me um passo no caminho certo. Se, por exemplo, uma câmara decidir contra o desejo dos habitantes locais, é mais fácil estes mostrarem o seu descontentamento, do que quando esta decisão é tomada em Lisboa, que fica a centenas de quilómetros de muitas cidades. Por outro lado, também seria simples deslocar-se ao concelho ao lado para fazer compras. (No caso de regras mais opressivas do que esta, também é mais fácil ir viver para o concelho vizinho, do que emigrar para outro país.)

Do ponto de vista de quem defende a liberdade, desta vez, ao contrário do que tem sido normal, o governo avançou na direcção correcta.

Despesa do Estado Aumentou 6,33% no 1º Semestre

Mesmo num período em que o estado se esforça para conter a despesa, esta aumenta 6,33%. Que faria se não estivesse em contenção????

É o que dá quando se vive com o dinheiro dos outros...

ASAE Inspeciona Ginásios


Os nossos amos e senhores, preocupam-se muito connosco, por isso criaram um número incontável de regulamentos sobre praticamente todos os aspectos da nossa vida, que depois são inspecionados por organismos em quem, o detentor do monopólio legal da força (o Estado), delegou essas funções.

No caso desta notícia, o alvo da inspeção foram ginásios, acusados de crimes que nem deviam ser regulados por lei, uma vez que são crimes sem vitimas ou porque, simplesmente, são leis estúpidas.

O consumo de esteróides, é o caso típico do crime sem vitimas. Um indivíduo, consciente dos riscos que corre porque não falta informação sobre o assunto, decide usar esteróides para aumentar o seu rendimento físico apesar de saber que isso aumenta a probabilidade de ter problemas de saúde, no futuro. É uma escolha unicamente do indivíduo, na qual o estado não deve intervir.

Eu, pessoalmente, não aconselho ninguém a consumir esteróides (ou drogas, por exemplo), apenas defendo a liberdade de cada um decidir o seu caminho, e isso implica, por exemplo, defender o direito à estupidez. Os seres humanos são todos diferentes, sendo inevitável que, em algumas questões, o que para uns é estúpido, para outros é perfeitamente aceitável. Por isso, não devemos impor as nossas opiniões aos outros pela força (o que acontece, p.e., quando o estado regula), mas deixar que cada um decidir pela sua cabeça.

Outra das infracções foi "reprodução ilegítima de programa protegido". Acho que não faz sentido haver patentes sobre programas de ginásio (ou sobre posições de Ioga). Isto é como registar uma patente para uma dança, e com isso impedir que outra pessoas a façam, a não ser que paguem um fee.

Já agora, será que a ASAE já inspecionou algum hospital público? Ou cantinas de escolas públicas?

Produtos Financeiros Derivados


Os derivados foram declarados culpados pela crise financeira, por muitos analistas. Como já escrevi noutros posts, na minha opinião, a culpa da crise é dos bancos centrais e dos governos, e o único papel desempenhado pelos derivados foi o de mensageiro da desgraça, uma vez que com a sua alavancagem levaram instituições gigantes mais rapidamente a situações de falência, no entanto, esse resultado era inevitável dadas as condições criadas pelos verdadeiros culpados da crise.

Também acredito que muitos dos derivados sofisticados que hoje existem, são uma consequência do excesso de liquidez com que os bancos centrais mantêm o sistema financeiro inundado. Esta liquidez excessiva, cria uma desconexão, entre o sistema financeiro e o "mundo real", que é aparentemente ampliada pela alavancagem possibilitada por estes instrumentos. A desconexão existe, e isso é que leva aos problemas, os derivados apenas a mostram mais cedo e, até certo ponto, isso é positivo.

Banir estes instrumentos, ou regulá-los em excesso, não vai evitar as crises, para além de impedir alguns usos benéficos, como os relatados neste artigo.

Peter Schiff No Alex Jones Show

Mercado Imobiliário

Como se pode ver no vídeo abaixo, o mercado imobiliário americano continua fraco, temendo-se que possa voltar a haver um crash depois de 2 anos de crise, de salvarem os grandes bancos para supostamente não haver um colapso do sistema, de "toneladas" de dólares de estímulos, de 2 anos de taxas de juro artificialmente baixas (fixadas pela Reserva Federal), de vários esquemas governamentais para suportar este sector... Já era tempo de pararem um pouco para repensar as políticas.

Na última crise que se resolveu sem interferência do governo americano, a de 1920-21, a recessão demorou 18 meses. Se, na recessão de 2008, o governo americano tivesse adoptado a mesma postura, provavelmente já esta crise estava ultrapassada.

O mercado imobiliário português, também me parece que pode vir a passar por um mau bocado, devido ao inevitável apertar do crédito por parte dos bancos.

Estradas Privadas

Ainda no seguimento da discussão levantada pelo pagamento das SCUT, falei na possibilidade de estradas privadas. Abaixo fica a descrição de Murray Rothbard, sobre como um sistema de estrada privadas funcionou, na Inglaterra do séc. XVIII, e nos EUA do séc. XIX, em ambos os casos sendo essenciais para o forte desenvolvimento económico que se registou (texto retirado daqui).


"Na Inglaterra antes do século XVIII, por exemplo, as estradas - invariavelmente geridas pelos governos locais - eram mal construídas e pessimamente mantidas. Essas estradas públicas jamais teriam suportado a poderosa Revolução Industrial que a Inglaterra vivenciou no século XVIII, a "revolução" que prenunciou a era moderna. A vital tarefa de aperfeiçoar as praticamente intransitáveis estradas inglesas ficou a cargo de companhias privadas que, começando em 1706, organizaram e estabeleceram a grande rede de estradas que fez da Inglaterra a inveja do mundo. Os proprietários dessas companhias privadas eram em geral mercadores, donos de terras e industrialistas da área que estava sendo servida pela estrada, e eles recuperaram seus custos cobrando pedágios em pontos selecionados. Frequentemente, a coleta de pedágios era arrendada por um ano ou mais para indivíduos selecionados através de licitações concorrenciais. Foram essas estradas privadas que desenvolveram um mercado interno na Inglaterra e que reduziram enormemente os custos de transporte do carvão e de outros materiais volumosos. E já que era mutuamente benéfico para elas, as companhias de pedágio se interligaram entre si para poder formar uma rede de estradas interconectadas por todo o país - tudo isso resultado da iniciativa privada em ação.
Como na Inglaterra, o mesmo ocorreu nos EUA algum tempo depois. Defrontando-se novamente com estradas praticamente intransitáveis construídas por unidades governamentais locais, companhias privadas construíram e financiaram uma grande rede de estradas pedagiadas por todos os estados do nordeste americano, aproximadamente entre 1800 e 1830. Mais uma vez, a iniciativa privada provou-se superior na construção e manutenção de estradas, em oposição às retrógradas operações do governo. As estradas foram construídas e operadas por corporações privadas, que cobravam pedágios dos usuários. Essas empresas foram amplamente financiadas por mercadores e pelos donos das propriedades adjacentes às estradas, e elas voluntariamente se interligaram, formando uma rede interconectada de estradas. E essas foram as primeiras estradas realmente boas dos EUA."

Mais "Jobs For The Boys"



Esta noticia é revelante, porque mostra a critividade do governo, para arranjar jobs para os boys.

Alguns dirão, mas ao menos estão a fazer algo pela nossa economia. Eu pergunto, estarão mesmo?

Primeiro, não acredito que um instituto publico vá fazer um melhor trabalho do que uma eventual associação entre vários produtores. O instituto publico continua a existir mesmo que faça um mau trabalho, ou seja, não tem incentivos para ser bom, enquanto uma associação privada só existe se for económicamente rentável.

Segundo, se não existe uma associação porque os produtores não têm dimensão, tal como refere o ministro da agricultura, então se calhar também não têm dimensão para exportações relevantes. Muito dificilmente este instituto vai ser justificavel económicamente.

Terceiro, se económicamente não faz sentido, quer dizer que os impostos cobrados para manter o instituto vão destruir mais riqueza do que vai ser criada pelas eventuais novas oportunidades de negócio (que não seriam já criadas pelos privados).

Quarto, ao aparecer este organismo, os produtores têm incentivos a ser menos activos na sua promoção, o que implica trocarem a sua postura activa, da qual depende a sua sobrevivência, pela postura inactiva de um braço do funcionalismo publico, que continua a existir mesmo que seja totalmente ineficiente.

Este tipo de institutos era comum nos países facistas, para controlarem a economia e beneficiarem os proprietários mais proximos do poder. Mas ao que parece, esta é uma tendência recente do nosso governo...

Legalize It


A Califórnia está a ponderar a legalização do produto com maior produção agricola do estado (em volume de vendas): a Marijuana.

Infelizmente, apenas está na agenda por maus motivos: legalização para assim poderem cobrar um imposto, aumentando as receitas fiscais do estado.

O Velho Oeste - Stateless But Not Lawless

Entrevista interessante ao Dr. Tom Dilorenzo sobre o Velho Oeste, que põem em causa muitas das ideias feitas que temos.

Dr Tom Dilorenzo on Stateless but not Lawless 6/19/10 RFM