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USA - Home of the free?



Alguns têm os USA como a terra das oportunidade, a terra da liberdade. Assim o queriam os chamados Pais Fundadores... assim foi o pensamento que quem escreveu a constituição e que sempre lutou pela liberdade. Devido a isso, os USA se tornaram o país mais forte do mundo, graças à liberdade que existia e ao empreendedorismo que era incentivado.

Infelizmente, ao contrário do que pensa o resto do mundo, os USA são cada vez menos um país livre, onde os grandes senhores transformaram um país produtivo, num país escravo do seu consumo, escravo dos créditos fornecidos pela FED e sistema bancário, escravo do castelo de cartas que está a desabar, apesar dos remendos que vão colocando. Como mostrámos aqui, os americanos querem recuperar a liberdade que lhes foi retirada nos últimos 30 anos, debilitando o país a vários níveis, social, económico, político.

Para se ter uma noção, da falta de liberdade, veja-se o exemplo a nível de pagamento de impostos. Os USA são, a par da Coreia do Norte, os únicos que obrigam os seus cidadãos, habitando e trabalhando em qualquer parte do mundo, a pagar impostos no país natal. Ou seja, se trabalharem na China, são obrigado a pagar impostos nos USA. Caso queiram abdicar da cidadania, para irem morar num outro país, pagando os impostos no país onde irão morar, são obrigados a pagar uma taxa de saída bastante elevada, em alguns casos, cerca de metade da riqueza de um indivíduo. O Economist chama a esta situação, a muralha de Berlin dos USA.
Como se isto não fosse grave, caso o estado verifique, que se abdicou da cidadania, por razões de impostos, o antes cidadão, nunca mais pode voltar aos USA, nem para visitar familiares.

Isto, num país, onde os estímulos keynesianos (que nunca resultaram e não é desta que isso irá acontecer), estão a níveis nunca antes vistos, o que irá provocar um aumento brutal de impostos directos e indirectos, terá como consequência uma saída de estrangeiros a trabalhar lá (por exemplo, as fronteiras mexicanas/usa estão praticamente sem movimento, poucos mexicanos querem entrar), mas... os americanos não vão poder sair, procurando melhor vida num outro país com mais potencial.

Isto, é ser prisioneiro no próprio país... o que, tendo um dos lemas "home of the free"... é algo paradoxal.

A mudança de mentalidades, terá de vir de um país olhado por todos os outros, e talvez fosse necessária, toda esta repressão, que se está a passar nos USA, para essa mudança mundial acontecer. Assim o esperamos, para bem de todos nós, já qua a Liberdade é o caminho para uma melhor vida.


Especuladores, amigo ou inimigo?


Desde há muito que a palavra especulação tem uma conotação negativa, mas em boa verdade esquecemo-nos muitas vezes que um especulador não é mais do que um agente de mercado, não sendo portanto nem bom nem mau.
De facto a especulação não é mais do que um negócio como outro qualquer, que tem os seus riscos associados e em média as mais valias que o especulador obtém servem precisamente para remunerar o seu trabalho, pois ao contrário do que muitos pensam, não existem almoços-grátis.
Mas para mim, o especulador acaba por ter uma importância associada à qualidade da informação. Quantos de nós não usam a informação de mercado como melhor estimativa para a evolução futura de determinado índice?
Por exemplo, para a função que desempenho é-me particularmente útil obter estimativas razoáveis para por exemplo o preço futuro do crude ou da taxa euribor futura. E que melhor estimativa senão a que é dada pelo mercado, pela intervenção dos diferentes especuladores? Afinal a melhor estimativa é a média do que todos os investidores (perdão, especuladores) pensam, ou seja, o preço do mercado.
Através da sua actividade, possibilitam a liquidez dos mercados financeiros. Assim sendo, poder-se-á até dizer que o especulador tem um papel social, pois contribui de forma decisiva para a formação dos preços dos mercados financeiros e para a eficiência de todo o sistema.
Mesmo os que possuem informação privada, acabam por contribuir para a sua dissiminação, ao especularem sobre determinado activo.
Normalmente a imagem do especulador cai em desgraça quando surgem notícias sobre ganhos fabulosos na bolsa por parte de alguns, como por exemplo o George Soros. Mas curiosamente ninguém sente pena por todos os outros especuladores que perderam dinheiro, pois afinal o jogo da bolsa é um jogo de soma nula (se não contarmos com as taxas de bolsa) onde aquilo que uns ganham é aquilo que os outros perdem.
E antes de criticarmos os especuladores, devemos pensar a especulação enquanto um negócio, com um risco e uma remuneração associados, tal como qualquer outro negócio, desde o vizinho que montou o café até ao Belmiro de Azevedo.
Vale a pena pensar nisto...

Tap... embarcando na empresa pública






Achei piada a esta foto, já que, além de ter o nome deste site, tem algo que felizmente existe, apesar de alguns pensarem que é mau... Liberdade de Escolha.

Falando do caso da TAP, é um caso típico de empresa pública, greves e prejuízos... prejuízos que alguns teimam em esquecer, quem paga é o povão, que iludido, pensa que é preferível existir um estado e governo pesado (230 deputados e milhares de "assistentes"), pagar praticamente 50% do que ganha em impostos directos e indirectos para os mesmos porem e disporem dele, do que um mercado livre, onde preservavam quase tudo o que ganhavam e pagariam preços mais baixos nos bens e serviços, dada a concorrência... mas já estou a divagar.

Em concreto, no caso da TAP, confesso que revolta esta situação. Não por causa dos pilotos, que estão a fazer o seu papel, tentar tirar mais um bocadinho do estado (se os que estão acima tiram, porque não eles tentarem também?), mas pelo facto da maioria não entender o porque desta situação. A empresa tem de ser privatizada e ponto final. Caso fosse privatizada, ou começaria a dar lucros ou ia à falência... a sua unidade de negócio seria vendida a outra ou outras empresas e acreditem que continuaria a haver aviação em Portugal...

No sector privado, caso uma empresa não dê lucros fecha as portas. Simples. Surge outra para tomar o seu lugar, e tentar ser mais eficiente. Isto sim, é algo que liberta os contribuintes da estrutura pesada do estado, onde não há motivação nenhuma em tornar uma empresa rentável, pois o capital que estão a utilizar não é deles e caso dê errado o pai estado dá mais.

Tudo é um jogo de incentivos na economia, por isso o sector privado é claramente, muito mais produtivo que o estatal. Posto isto, privatize-se a TAP e, desta forma, acaba-se com esta macacada do quer mais salário, do lucro estimado que afinal são é mais uns milhões de prejuízo... e quem paga, está claro, é o contribuinte, que tem de abrir os olhos e começar a exigir a privatização cada vez maior de empresas públicas.

Economia da República das Bananas Parte V - Final Feliz!

Contrariamente ao que era previsto, o novo sistema de liberdade individual foi um sucesso!
A alocação dos recursos da economia tornou-se muito mais rápida e eficiente, dada por um sistema de preços livre de interferências governamentais. Os produtores passaram a ter como única preocupação responder ao que os consumidores pretendiam, para assim maximizarem o seu lucro.
O desemprego de longa duração passou a ser um fenómeno residual.
A moeda passou a ser emitida por bancos privados, mas a ser redimida em ouro, com os bancos a comprometerem-se a conservar, em reservas, 100% da base monetária. Os bancos tornaram-se uma espécie de armazém de ouro, a parte má foi que em vez de pagarem juros passaram a cobrar uma comissão de armazenagem, para contas à ordem. Para contas a prazo, continuaram a pagar juros.
A estabilidade de preços promoveu mais a poupança, do que o sistema inflacionista que anteriormente vigorava (quando a inflação é elevada, as pessoas querem trocar a moeda por bens, o mais rápido possível, antes que desvalorize).
Com o aumento da poupança, houve consequentemente um incremento de verdadeiro investimento, uma vez que os recursos não consumidos correspondiam aos recursos poupados e que estavam disponíveis para investimento, ao contrario do que acontecia quando o banco central injectava credito barato, que não era suportado por nenhuma poupança.
Com mais investimento real, a produtividade dos trabalhadores também tornou-se maior, em resultado do aumento de capital na economia.
Dado o pouco desemprego e os aumentos de produtividade, os empregadores foram “obrigados”, pela lei da oferta e da procura, a remunerar melhor os trabalhadores.
Claro que continuaram a haver problemas, a República das Bananas não passou a ser perfeita, mas pelo menos o nível de vida das populações registou melhorias consideráveis.

Economia da República das Bananas Parte IV - Caos!



Depois de muitas injecções de moeda e do salvamento de muitos produtores ineficientes, que eram demasiado grandes para fechar as portas, chega-se finalmente a um beco sem saída: a economia está num impasse e a moeda perdeu quase todo o seu valor.
A população saiu às ruas e causou distúrbios, por todo o país.
Perante a pressão, o banco central é fechado pelo governo, dado que era um dos principais alvos dos protestos.
Os produtores amigos dos governos, que tinham sido sucessivamente salvos com dinheiro dos contribuíntes, vêm as suas propriedades invadidas e são obrigados a fugir do país.
O governo teme refazer o banco central, apesar do conselho dos grandes especialistas nesse sentido, mas dada a grande oposição da população acaba por nada fazer.
Ouviram-se vozes de profetas da desgraça: sem um banco central e sem uma condução por parte do estado, como será possível a economia sobreviver? Vai ser o caos! (continua)